Embora sejam quase idênticos aos seus antecessores, o Galaxy S9 e o S9+, lançados pela Samsung no mês passado, têm pelo menos um recurso realmente inédito: uma câmera de abertura variável, capaz de tirar fotos em f/1.5 ou f/2.4.

O site iFixit, como já é de costume, desmontou o Galaxy S9+, peça por peça, para descobrir do que é feito o smartphone e como funciona o sistema de abertura variável da sua câmera. A descoberta é de que, na verdade, o sistema é bem simples.

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Antes, um pouco de contexto. Normalmente, smartphones vêm com aberturas fixas porque precisam economizar espaço. O sensor é pequeno demais para disputar espaço interno com bateria, processador e outros componentes importantes.

Com uma abertura mais larga (a de f/1.5), a câmera captura mais luz, o que é sempre bem-vindo em ambientes escuros, mas pode prejudicar a definição das fotos. Já na abertura menor (f/2.4), captura-se menos luz em ambientes claros e preserva-se a definição das imagens.

O que o iFixit descobriu no desmanche do S9+ é que, para incluir uma abertura variável no aparelho, a Samsung fez o que qualquer fabricante de lentes para câmeras profissionais faz: acrescentou lâminas. Em câmeras DSLR, é possível encontrar de cinco até oito lâminas, que são usadas para fechar ou expandir a abertura do diafragma.

O Galaxy S9+, porém, vem com só duas lâminas em formato circular que abrem e fecham o diafragma para capturar mais luz (f/1.5) ou menos luz (f/2.4), revelou o iFixit. O sistema também acaba afetando a profundidade de campo das fotos, como alguns dos primeiros reviews do S9+ notaram.

Por outro lado, como era de se imaginar, não há nada de novo na parte frontal. O scanner de íris é exatamente o mesmo que o que foi utilizado no S8, revelou o desmanche. Embora a Samsung tenha incluído um “scanner facial” no S9, não há qualquer sensor extra com essa capacidade no aparelho.

O iFixit também descobriu que o S9+ é ainda mais difícil de reparar em caso de acidente do que o S8. Embora muitos dos componentes sejam modulares e fáceis de trocar independentemente, a tela com bordas curvas e a traseira de vidro dificultam o processo de “entrar” no aparelho.

Trocar a bateria do S9+ é “tecnicamente possível”, segundo o iFixit, mas o componente é bem difícil de acessar. Além disso, para trocar a tela, na ocasião de um trinco ou rachadura, é preciso desmontar o smartphone inteiro. Tudo isso rendeu ao S9+ uma nota 4 de 10 no quesito “reparabilidade”.