Entenda por que o 5G pode ser encarado como a ‘nova eletricidade’

Renato Santino02/03/2018 20h59, atualizada em 03/03/2018 22h00

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A nova eletricidade! Se parece exagero, saiba que é assim que diversas empresas de conectividade móvel enxergam o 5G. As últimas novidades sobre a quinta geração de banda larga móvel foram anunciadas neste evento em San Diego, na Califórnia; o “5G Day”…o Olhar Digital acompanhou tudo de perto!

O prazo inicial era 2020, mas diversas empresas estão interessadas em acelerar rumo ao 5G. E neste processo de transição, ainda há muita melhoria a ser feita com o atual 4G. Nos Estados Unidos, algumas operadoras lançaram conexões gigabit – uma evolução do LTE – ainda no ano passado. Agora, com o lançamento de um novo modem recém-anunciado pela Qualcomm, a velocidade promete dobrar e atingir até 2 gigabits por segundo; o que representa mais um passo em direção ao 5G. A velocidade super rápida abre portas para possibilidades como, por exemplo, assistir e até transmitir vídeos em 4K em tempo real.

“Algo que a gente sempre gosta de enfatizar é que o 5G não vai estar disponível em todos os lugares a partir do primeiro dia. Então, em paralelo ao desenvolvimento da rede 5G, nós também estamos explorando o LTE em seu potencial máximo”, explica Matt Branda, diretor de marketing para 5G da Qualcomm.

Para 2018, as quatro principais redes norte-americanas já anunciaram suas intenções de lançar redes 5G comerciais até o final do ano. Mais do que isso, outra novidade divulgada em San Diego é que os primeiros testes em 5G já dentro dos padrões definidos para a tecnologia no final do ano passado devem ser feitos com uma série de operadoras em todo o mundo a partir do segundo semestre. A expectativa é que as velocidades de pico sejam ainda maiores, chegando próximo aos 5 gigabits por segundo – o que é muita coisa!

“A principal diferença desses testes de interoperabilidade compatíveis com o padrão que acabamos concluir são: primeiro, a conformidade do padrão estabelecido para que estejam alinhados com o padrão global e permita que a indústria produza em escala. A segunda parte é em relação à interoperabilidade. Não é apenas a Qualcomm se comunicando com a Qualcomm, mas uma comunicação entre fornecedores de infraestrutura. O que é um marco significativo para que as demais operadoras se preparem para esses testes”, conclui Branda.

A empresa fabricantes de processadores para smartphones e outros dispositivos móveis também aproveitou a conferência em San Diego para lançar oficialmente seu modem 5G, o que 19 fabricantes de dispositivos e 18 operadoras globais já se comprometeram a utilizar em pelo menos um de seus produtos em 2019, quando está previsto que os primeiros aparelhos 5G cheguem às mãos dos usuários.

“Não estamos falando apenas da conexão de dados ao seu smartphone, mas sim sobre a capacidade com uma conexão de latência muito baixa e confiabilidade muito alta conectar uma fábrica, conectar um veículo e torná-lo autônomo, conectar sensores de baixa potência na agricultura e outras coisas que pemitirão que novas indústrias sejam conectadas e se beneficiem dessa onipresença da conectividade móvel”, diz o diretor da Qualcomm.

As notícias são animadoras e promissoras, mas a gente precisa ter calma. Aqui no Brasil, a previsão é que o 5G só chegue mesmo em 2020. De qualquer forma, projeções para o mercado 5G sugerem um impacto de 12 trilhões de dólares na economia mundial. Um estudo da Ericsson prevê que, em 2023, 20% da população global terá acesso a uma conexão 5G. Se não parece muito, lembre-se, são um bilhão de pessoas.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital

Ícone tagsTags: