A ARM, empresa que desenha processadores, anunciou hoje uma tecnologia que permite incorporar os chips SIM aos processadores de celulares e outros dispositivos conectados. A tecnologia recebeu o nome de iSIM, e promete economizar espaço nos dispositivos e reduzir os custos dos consumidores e fabricantes com o componente.

Segundo a empresa, a principal aplicação da nova tecnologia é para dispositivos da “internet das coisas”: geladeiras, máquinas de lavar, lâmpadas e equipamentos industriais conectados, por exemplo. Esses dispositivos precisam se comunicar de maneira sem fios, e é pouco viável usar chips SIM em alguns deles. Como a ARM prevê que o mundo terá 4,4 bilhões de aparelhos desse tipo até 2025, o iSIM pode ser uma maneira de resolver esse problema.

Fora isso, a ARM garante que essa solução oferece mais segurança para os dispositivos conectados do que os chips SIM. Para esses dispositivos, segurança é uma questão de grande importância: falhas nesse nível dão brecha a problemas como a rede Mirai, que se aproveitou da fragilidade dos dispositivos da “internet das coisas” para desestabilizar praticamente toda a internet.

Substituindo os chips

Como a Forbes aponta, a tecnologia iSIM é parte de um sistema da ARM chamado Kygen, que tem o objetivo de facilitar a adoção de dispositivos conectados por empresas e casas. Para as operadoras de telecomunicações, o serviço também deve ser benvindo – afinal, mais dispositivos conectados significa mais clientes para elas.

Mas de acordo com o The Verge, ainda deve levar algum tempo para que essa tecnologia substitua os chips de celular. As operadoras têm demonstrado uma certa lerdeza para adotar esses novos padrões de chips SIM integrados –  a tecnologia e-SIM, por exemplo, também tem feito um avanço lento nos smartphones, e por enquanto ainda é mais voltada para a internet das coisas mesmo.