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“Para todos os robôs que questionam sua programação”

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do Livro “Autonomous”

Annalee Newitz (jornalista norte-americana, 1969-)

Segundo a IFR (International Federation of Robotics) até 2019, mais de 1.4 milhões de robôs industriais serão instalados em fábricas ao redor do planeta. Na China, um plano nacional de 10 anos chamado de “Made in China 2025”, tem por objetivo transformar o país no maior centro industrial tecnológico do mundo, para isso, até 2020 em Pequim, entre 600.000 a 650.000 novos robôs industriais serão colocados em operação. Podemos prever que dentro de uma década, indústrias de diferentes setores serão 100% automatizadas, totalmente robóticas, isto mesmo, sem a presença de qualquer ser humano na linha de produção. Mas, existe um velho ditado que diz: “Em tempo de corrida do ouro, faz dinheiro quem vende pás”. Então, vamos conversar sobre a FANUC.

As pás

Quando pensamos em robótica, o Japão sempre aparece em destaque, seja pela sua capacidade de capturar nossa imaginação com andróides de animes tais como a Major Motoko Kusanagi de Ghost in the Shell ou os robôs ASIMO da Honda e o cãozinho de estimação AIBO da Sony. Mas quase ninguém ouviu falar da FANUC, empresa japonesa fundada em 1958 a partir da Fujitsu. De robôs industriais que pintam carros a motores complexos que fabricam peças pré-moldadas, de robôs que ajudam na classificação de remédios a montagem de componentes de celulares, em indústrias de todo mundo, nos mais diferentes tipos de robôs industriais é comum encontrarmos a marca FANUC. Exatamente! A FANUC faz os robôs que a maioria das indústrias globais compram e usam. Por exemplo, o “Robodrill” uma de suas obras de arte, foi responsável por fazer as caixas metálicas do iPhone 4 e ainda hoje é líder incontestável na fabricação de iPhones. Além disso, a gigante japonesa fatura também em cima de seus concorrentes, pois mais da metade de todos os robôs industriais em operação hoje são “comandados” pelo software de controle numérico (CNC) criado por ela.

O ouro

Em 2015, a FANUC em conjunto com outras empresas investiu US$ 20 milhões de dólares na Preferred Networks Inc., empresa de Inteligência Artificial. No website da Preferred está escrito: “Nossa tecnologia de aprendizado profundo (deep learning) percebe, integra, entende e analisa diversos tipos de dados de sensores em níveis além das habilidades humana”. Resta saber o que irá acontecer quando a nova geração de robôs da FANUC não ficar mais satisfeita em trabalhar na linha de produção e desejar sentar na cadeira do presidente da fábrica.

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