Não é porque a Apple apresentou o Animoji como um recurso exclusivo do iPhone X que ele não funcionaria em outros modelos do smartphone. A própria empresa não esconde isso, mas por que a exclusividade, então?
Nesta semana, o famoso youtuber Marques Brownlee (do canal MKBHD) publicou sua avaliação sobre o novo aparelho e, em determinado momento, revelou que o Animoji continua funcionando mesmo que todos os sensores frontais, menos a câmera, estejam cobertos. (Dá para ver depois dos 11:30 minutos.)
Em tese, isso significa que a Apple poderia disponibilizar o recurso pelo menos para os iPhone 8 e 8 Plus, que compartilham do mesmo poder de processamento que o X. Então surgiram acusações de que a Apple estaria usando o Animoji para indicar exclusividade, já que só quem tem o iPhone de R$ 7.000 poderia usá-lo.
O Animoji de fato não depende de todos os sensores frontais — que, por outro lado, são obrigatórios para o funcionamento do Face ID. Mas a câmera infravermelha é necessária para escanear os músculos da face, o que acontece no momento da configuração inicial e depois periodicamente.
Assim, mesmo que seja possível usar o recurso sem a câmera infravermelha (e, portanto, nos iPhones mais velhos), ele não funcionaria tão bem porque não haveria essa constante melhora na captura.
Como lembra o Mashable, não é a primeira vez que a Apple causa descontentamento por lançar uma funcionalidade que dependa do hardware mais caro para operar. Em 2011, a companhia apresentou o iPhone 4S como único capaz de usar a Siri. O problema é que, antes de ser comprada pela Apple, a assistente funcionava em modelos mais velhos do celular, então os usuários ficaram irritados.
A justificativa da Apple na ocasião foi a mesma que a empresa usa agora com o Animoji: o recurso funcionaria em modelos mais antigos, mas não tão bem quanto nos mais novos. Como a fluidez da junção hardware/software é parte do apelo de marketing da Apple, faz sentido que ela restrinja funções se ela não for capaz de oferecer uma experiência tão lisa.