Uma ex-funcionária do Facebook chamada Susie Bigger registrou uma ação contra a companhia acusando-a de usar um truque para evitar o pagamento de horas extras aos seus empregados nos Estados Unidos.
Bigger atuava como “gerente de soluções para clientes” (ou CSM, na sigla em inglês) e alega que o Facebook emprega várias pessoas com classificações genéricas contendo “gerência” no título porque a legislação trabalhista dos EUA permite que as empresas retenham horas extras para esse tipo de cargo.
Seria semelhante a uma fábrica classificar seus empregados como “operador 1”, “operador 2” etc. para evitar chamá-los, por exemplo, de “operador de extrusora” e “operador de empilhadeira”, o que forçaria a empresa a remunerar cada pessoa de acordo com o título.
No processo, obtido pelo Ars Technica, a ex-funcionária deu como exemplo o fato de que posições como o seu, “gerente de soluções para cliente” e “gerente de contas” tinham funções primárias quase idênticas, envolvendo conversar com clientes para implementar seus planos publicitários e vender produtos de marketing da companhia.
“CSMs não realizam funções relacionadas a gerenciamento ou à operação geral de negócios do Facebook”, afirma Bigger. “Em vez disso, as funções dos CSMs constituem a principal atividade de produção do Facebook como uma mídia social e uma plataforma de marketing.”
O Facebook disse ao Ars Technica que a ação não tem mérito. Bigger propõe que sua reclamação seja transformada num processo de classe e pede uma série de compensações pelas supostas infrações, incluindo pagamento retroativo para todos os funcionários afetados.