O Laboratório Digital deste mês testou e comparou notebooks de entrada disponíveis no mercado nacional. Colocamos na nossa bancada o Acer Aspire E Series ES1-533, de 15,6 polegadas; o Lenovo Ideapad 320, de 14 polegadas; e o Vaio Fit 15S, também de 15,6 polegadas. Todos rodam a última versão do sistema operacional da Microsoft, o Windows 10 Home de 64 bits.
Design
Com acabamento em plástico um pouco mais áspero, o Acer é quem tem aparência mais robusta. O notebook tem 24,6 milímetros de espessura e pesa 2 quilos e 400 gramas; o mais pesado dos três. Já o modelo da Lenovo traz acabamento que imita aço escovado, o que dá um certo charme ao notebook. Além disso, ele é o mais fino e leve da bancada: tem 22,7 milímetros de espessura e pesa 1 quilo e 750 gramas. Ele também é o único que abre 180 graus, o que pode ser interessante em algumas ocasiões. No Vaio, o acabamento em plástico é de alta qualidade; a cor cinza chumbo dá um ar mais sério e elegante ao notebook. Um detalhe interessante é a área do teclado rebaixada para que quando o equipamento estiver fechado as teclas não encostem na tela. Ah, também é o único dos três com teclado iluminado. O Vaio é o mais grosso dos três, com 25,9 milímetros de espessura. O modelo pesa 2 quilos e 100 gramas.
Processador e memória
Neste Laboratório comparamos notebooks de entrada com valor sugerido de até 2500 reais. Ainda assim, alguns são potentes o suficiente para ir além do uso cotidiano. As diferenças começam nos próprios números das especificações técnicas. O Acer traz embarcado um processador Intel Celeron de quatro núcleos e 4 giga de memória RAM – um processador bem mais simples que seus concorrentes. O Lenovo é o mais potente do grupo, com processador Intel Core i5 de 7ª geração e os mesmos 4 giga de RAM. O também tem 4 giga de RAM; mas o processador embarcado é um Intel Core i3.
Na prática, há, sim, bastante diferença entre eles – principalmente quando usamos softwares mais pesados ou combinamos diversas tarefas ao mesmo tempo. O Acer fica atrás. Apesar dos processadores diferentes, Lenovo e Vaio foram bastante equivalentes nas nossas comparações – certamente por causa do SSD embarcado no modelo da que deixa a máquina bastante rápida. Empate duplo no quesito performance entre Vaio e Lenovo.
Tela
O Acer tem tela de LED de 15,6 polegadas e resolução de 1366 por 768 pixels. O display foi o que apresentou maior brilho entre os três. Apesar de em cenas muito claras a imagem estourar um pouco, em cenas mais escuras os detalhes ficaram mais evidentes que nos outros notebooks. O que incomodou um pouco foi o reflexo alto na tela quando usamos o notebook em ambientes mais iluminados.
Com resolução Full HD de 1920 por 1080 pixels, o Lenovo tem imagem com maior contraste e ótima saturação. O display antirreflexo também de LED é um pouco menor; tem 14 polegadas. O modelo da Vaio é bastante equivalente: também antirreflexo e resolução Full HD – a principal diferença, que já é tradição nos equipamentos da marca japonesa, é a alta saturação, que deixa a imagem mais quentes… o contraste e brilho também são ótimos.
Armazenamento
A popularização dos serviços de armazenamento em nuvem fez com que este quesito deixasse de ser relevante há algum tempo. Atualmente, espaço interno não é necessariamente uma preocupação – a não ser que você faça questão de guardar tudo na sua máquina. Se for assim, o Lenovo sai na frente; este modelo traz HD de 1 Terabyte de espaço. O modelo da Acer tem metade – o que já é bastante coisa – 500 giga. E o que tem menor memória interna é o Vaio: 128 giga apenas – “porém”, em memória flash, em um SSD, o que deixa o notebook bem mais rápido tanto para processar informações quanto para iniciar programas.
Conectividade
Claro, todo os modelos possuem conexão Wi-Fi, mas o Lenovo é o único com Wi-Fi padrão 802.11AC de alta velocidade. Todos têm saídas HDMI, USB 3.0, Bluetooth e entrada para cartão SD. Outro destaque do Lenovo é a nova porta UBS Tipo “C”.
Bateria
Estamos falando de notebooks, dispositivos móveis. Ou seja, quanto mais tempo longe da tomada, melhor. As baterias dos três aparelhos são bastante equivalentes; pelo menos em números. O Acer tem uma bateria de 3 células com capacidade de 3200 miliampere-hora. A marca promete até 6 horas de autonomia. O Lenovo tem uma bateria similar: 2 células e 30 watt-hora de capacidade. E o Vaio tem bateria de 4 células com capacidade de 32 watt-hora. Em poucas palavras, um empate triplo.
Preço
Comparando modelos de entrada, o preço pode ser um fator decisivo. De cima para baixo, o mais caro é o Vaio, com preço sugerido de 2400 reais. A mesma configuração, sem o SSD, sai 500 reais mais barato. No site da Lenovo, o modelo Ideapad 320 de 14 polegadas tem o mesmo preço: 2400 reais. No dia que produzimos esse Laboratório, o notebook estava em promoção, com um desconto de 600 reais. O mais barato é o Acer; vendido no site oficial da empresa por 1800 reais.
Conclusão
Apesar do menor valor, o Acer ficou bem atrás dos seus rivais. O design foi o que menos agradou. O processador também é inferior e o desempenho foi o mais fraco dos três. O reflexo na tela incomodou, ainda que a qualidade da imagem seja razoável. De qualquer forma, o modelo Aspire E Series ES1-533, de 15,6 polegadas, ficou em último lugar nesta comparação.
O modelo da Lenovo é um ótimo notebook de entrada. O acabamento que imita aço escovado é bem bonito. A tela tem ótima qualidade com o melhor contraste dos três. Outros destaques são o Wi-Fi padrão AC, de alta velocidade, e a nova saída USB Tipo “C”. A decisão pode ficar por conta do tamanho, afinal pelo mesmo preço, o Vaio tem tela maior e praticamente o mesmo desempenho.
Assim, o grande vencedor deste Laboratório Digital é o Vaio Fit 15S. Alguns detalhes garantiram a vitória. No quesito design, o teclado rebaixado e iluminado fazem diferença tanto na usabilidade quanto na manutenção do notebook. A tela, como todos os outros equipamentos da marca japonesa, apresenta alta saturação além de bom brilho e contraste. Apesar do processador um pouco inferior ao modelo da Lenovo, o principal destaque do Vaio é o SSD, que deixa o computador bem mais rápido para diversas funções – inclusive para iniciar o dispositivo. Se por um lado o usuário perde espaço de armazenamento, por outro ele ganha ótima performance.