Por Lucas Carvalho
O ano é 2017 e o mundo é dominado por smartphones. O mercado global do setor continua crescendo em um ritmo regular, a esmagadora maioria das pessoas com acesso à internet no mundo usa dispositivos móveis para navegar e a maior empresa do ramo vendeu nada menos do que 78,8 milhões de celulares inteligentes somente no último trimestre.
O ano pode ser 2017, mas o último grande lançamento da maior empresa do setor ainda tem resquícios de um mundo anterior ao smartphone moderno. O Galaxy Note 8 é a mais recente aposta da Samsung no mercado de celulares e, além de todas as conquistas de hardware e software do aparelho, é impossível deixar de notar aquela caneta.
O Galaxy Note 8 se destaca por ser o único smartphone moderno, produzido por uma das três grandes marcas do mercado, a ainda utilizar uma caneta stylus como vetor de navegação. Mas fora esse toque “retrô”, o aparelho traz tudo o que há de mais moderno na indústria de smartphones: processador super potente, muita memória, duas câmeras traseiras e uma tela gigantesca.
O Olhar Digital teve a chance de experimentar o Galaxy Note 8 ao longo de algumas semanas antes do lançamento oficial do dispositivo no Brasil para saber se ele é tudo o que a Samsung promete. Confira nossas impressões sobre o produto nos parágrafos abaixo.
Design e tela
O Galaxy Note 8 segue uma tendência de design que a Samsung estreou no começo deste ano com o Galaxy S8 e que ela chama de “display infinito”. Basicamente, a tela do aparelho ocupa quase toda a parte frontal, deixando apenas duas bordas – inferior e superior – com espaço para microfone, câmera e outros sensores, além de bordas mínimas nas laterais, que são levemente curvas.
No caso do Note 8, o display tem 6,3 polegadas em sua diagonal. Se fosse um smartphone tradicional, ele estaria próximo de ser chamado de tablet. Mas por conta das bordas reduzidas, o smartphone tem quase o mesmo tamanho que um celular comum de 5,5 polegadas, como um iPhone 7 Plus ou um Moto Z Play, por exemplo.
Enquanto os celulares comuns têm proporção de 16:9 – ou seja, para cada 16 pixels numa direção, há nove pixels na outra -, no caso do Note 8 (e do S8 também), a proporção é de 18,5:9. Tudo isso ajuda o smartphone a oferecer mais conteúdo na tela sem sacrificar usabilidade. Dá até para segurá-lo com uma mão só em diversas tarefas, apesar do display gigante.
Há pequenas diferenças em relação ao S8, porém. O formato do Note 8 é um pouco mais retangular do que o outro top de linha da Samsung. Além disso, as laterais têm curvas bem menos acentuadas. Isso, além de diferenciar o aparelho do seu primo mais próximo, também ajuda na hora de escrever ou desenhar na tela com a S Pen. Que, aliás, fica perfeitamente escondida na parte inferior do celular, sem chamar a atenção.
De resto, o design é praticamente idêntico ao do S8: corpo de vidro protegido por um frame de alumínio que por pouco acaba quebrando o efeito “unibody” (a ilusão de que o corpo todo é uma peça única). Nada que prejudique a experiência, porém, que encanta pela altíssima resolução que a Samsung chama de QHD+ (2.960 por 1.440 pixels). Por padrão, o display vem em Full HD para economizar bateria, mas dá para mudar para QHD+ a qualquer momento no app de configurações.
Outro lado ruim nessa escolha de design é que o corpo em vidro acumula um número incontável de marcas de dedo com o uso regular. Além disso, as curvas nas laterais da tela acabam, invariavelmente, sentindo o toque dos dedos quando você não quer, o que pode atrapalhar em alguns momentos. Novamente, nada que prejudique demais a experiência de uso.
É bom lembrar que o corpo de vidro, ainda que construído com um resistente Gorilla Glass 5, pode rachar ou estilhaçar com mais facilidade ao cair no chão do que um smartphone feito em metal, por exemplo. A solução é colocar uma capinha, que pode acabar arruinando o visual premium do celular. É o preço que se paga pela elegância.
Na parte de trás ainda há um módulo de câmera dupla, que, ao contrário dos concorrentes, não deixa uma lombada desnecessária na traseira. Falaremos mais sobre as câmeras adiante. Ao lado delas há um leitor de impressões digitais pequeno demais e muito mal posicionado, ao ponto em que fica quase impossível usá-lo de forma intuitiva e sem ficar estressado após repetidas falhas de leitura.
Resumindo: em termos de design, o Galaxy Note 8 é quase impecável. Elegante, design premium, boa usabilidade até mesmo com uma mão só (com suas limitações), mas um pouco pesado (195 gramas), não muito fino e com um sensor de impressões digitais que mais atrapalha do que ajuda. O celular também tem proteção IP68 que o permite sobreviver a até 30 minutos sob 1,5 metro de água. Não é perfeito, mas funcional e visualmente, é impressionante.
Performance e bateria
É quase impossível olhar para o Galaxy Note e não lembrar de um PDA, aqueles assistentes de bolso com suporte a canetas e touchscreen resistivo que fizeram sucesso entre o público corporativo no começo do milênio. Com essa referência, o smartphone da Samsung emite um ar mais “business”, mais profissional, do que um Galaxy S8, por exemplo.
E se é pra ter ares de smartphone profissional, então a performance também precisa ser profissional. Na teoria, o Galaxy Note 8 é quase imbatível: processador Exynos 8895 (na versão vendida no Brasil), um chip de 10 nanômetros com oito núcleos, sendo quatro de 2,3 GHz para tarefas mais pesadas e outros quatro de 1,7 GHz para tarefas mais leves.
Nos EUA, o chip que vai embarcado no Note 8 é um Snapdragon 835, o mais moderno e potente processador mobile fabricado pela Qualcomm, equivalente ao Exynos 8895 da versão internacional e que é montado pela própria Samsung. Além disso, há 6 GB de RAM LPDDR4 e opções a partir de 64 GB de espaço interno para armazenamento.
É praticamente impossível encontrar um celular Android com especificações melhores. Em testes realizados por apps de análise de desempenho, o Note 8 vai muito bem: 173.241 pontos no AnTuTu. Como comparação, o smartphone da Samsung fica no mesmo páreo que três dos smartphones mais potentes do mundo: o OnePlus 5, o HTC U11 e o chinês Nubia Z17, segundo o ranking do AnTuTu divulgado em agosto.
Já em outro app de análise de desempenho, o GeekBench, o Note 8 fez 1.998 pontos de single-core e 6.746 pontos de multi-core nos nossos testes. Neste caso, o smartphone supera com folga o melhor colocado no ranking de Android do GeekBench, que é o Galaxy S8. Mas ainda fica abaixo dos iPhones 7, 8 e X, da Apple, na mesma plataforma de benchmark.
O que todos esses números e nomes estrangeiros significam, na prática? Significam que o Galaxy Note 8 é um dos celulares mais potentes que o dinheiro pode comprar no Brasil. Realizando múltiplas tarefas ao mesmo tempo, alternando rapidamente entre apps, divindo a tela em duas para rodar dois programas ao mesmo tempo, navegando em redes sociais, fazendo vídeos, tirando fotos e rodando jogos pesados: foram raras as vezes em que o aparelho deu o menor sinal de engasgo na nossa experiência.
Você pode estar se perguntando sobre a bateria. Afinal, trata-se de um componente preocupante especialmente no caso do Note 8, sucessor de um smartphone que teve sua venda suspensa no mundo todo após sucessivos casos de explosão. Uma investigação feita pela própria Samsung concluiu que a origem dos problemas do Note 7 era o tamanho da bateria, desproporcional à estrutura do smartphone.
A empresa afirma que repensou e reestruturou do zero toda a sua metodologia de testes de segurança para garantir que as explosões do Note 7 não se repetissem no Note 8. A Samsung trocou até de fornecedor e reduziu o tamanho da unidade de energia no novo celular, que vem com uma bateria de 3.300 mAh.
Não é uma das maiores do mercado – a própria Samsung tem smartphones com baterias maiores. Mas não deixa a desejar. Na nossa experiência, o Note 8 aguentou muito bem um dia inteiro de uso intenso, gravando quase uma hora de vídeos em 4K, alternando entre 4G e Wi-Fi, redes sociais, apps de mensagens e aplicativos de edição de imagem e texto.
O Note 8 foi usado como um celular profissional, executando funções que, em outro caso, eu executaria através de um notebook. Não só a performance foi impecável como a bateria aguentou muito bem quase o dia todo, sem precisar correr à tomada mais próxima durante quase 10 horas. Em uso regular, só com redes sociais e apps de streaming, foi fácil mantê-lo longe do carregador por mais de um dia.
Vale destacar que o Note 8 é compatível com carregamento sem fio e possui o protocolo de carregamento rápido da Qualcomm. Isso não quer dizer que ele chega aos 100% de carga num piscar de olhos. Precisamos de quase uma hora e meia para ir de 14% a 100% em nossos testes, o que não é o melhor resultado do mundo quando você está com pressa. Especialmente porque o cabo do carregador é USB-C numa ponta e USB “normal” na outra, em vez de ser USB-C nas duas.
Não é um desastre, mas poderia ser um pouquinho melhor. No fim do dia, porém, o que vale mesmo é o desempenho como um todo, ou quantas vezes o celular te deixa na mão. No caso do Note 8, não houve sequer um minuto de dor de cabeça. O smartphone assume muito bem qualquer problema que você queira resolver através dele, e com uma bateria que, embora não seja perfeita, é uma das melhores do mercado.
Software e S Pen
Historicamente, software é um quesito em que a Samsung costuma deixar a desejar. Em anos passados, a quantidade de bloatware – apps inúteis pré-instalados – que vinha em seus celulares era de assustar. Isso sem falar na temida TouchWiz, uma customização feita sobre a interface do Android que deixava o sistema consideravelmente mais lento com um oceano de animações e transições de gosto duvidoso.
Com o passar do tempo, porém, as coisas foram mudando. Neste ano, a Samsung conseguiu enxugar muito do que sobrava no software da empresa até anos passados. O Note 8, assim como o S8, tem uma nova interface, chamada de Samsung Experience, e que é bem mais leve, rápida e elegante que a TouchWiz. O número de apps pré-instalados também caiu bastante, enquanto o visual geral do sistema ficou bem mais simples e intuitivo.
Isso não quer dizer que a interface do Note 8 é perfeita. Ainda há alguns apps inúteis ocupando espaço na memória, especialmente aplicativos redundantes da própria Samsung que fazem a mesma função que os apps tradicionais do Google, e que são bem menos eficientes. Isso sem falar na interminável lista de recursos que o celular possui, muitos dos quais são difíceis de achar e configurar.
O principal erro do Note 8, porém, continua sendo a Bixby. A assistente virtual que a Samsung introduziu com o S8 ainda não serve para quase nada, sendo incapaz de acatar comandos de voz como o Google Assistente (que é nativo do Android) e funcionando apenas como um feed de notícias semelhante ao do aplicativo do Google. Você dificilmente vai querer usar a Bixby para qualquer coisa, mas vira e mexe acaba pressionando o botão dedicado à assistente que fica na lateral do dispositivo sem querer. Ou seja, só atrapalha.
A principal vantagem do software do Note 8, porém, é também um recurso de hardware: S Pen, a já citada caneta stylus que acompanha o celular. A ponta desta nova versão é mais fina, tem apenas 0,7 milímetros, o que permite até 4.096 níveis diferentes de pressão, segundo a fabricante. Ainda está longe de funcionar de forma tão natural quanto uma caneta de verdade sobre o papel, mas é o mais próximo que uma caneta eletrônica já chegou de parecer minimamente confortável.
Uma vez que a caneta é ejetada do aparelho, é possível usá-la para fazer rápidas anotações na própria tela desligada do celular, e salvar o que foi anotado sem precisar desbloqueá-lo. Com o smartphone ligado, você também pode navegar por toda a interface com a S Pen no lugar do seu dedo, pode escrever ou fazer desenhos e pode também experimentar algumas novidades da linha Note.
Uma delas é o que a Samsung chama de “mensagem animada”. Com este recurso, você pode fazer um desenho ou anotar alguma coisa na tela e o Note 8 salva aqueles traços como uma animação em GIF. Há também um novo modo de captura de tela que se chama “seleção inteligente”, e que permite que você salve apenas porções do conteúdo da tela usando a ferramenta de seleção da caneta.
Por fim, há uma nova função chamada “Traduzir”, e que permite que você utilize a caneta para selecionar parte de um texto na tela para que o Note 8 traduza-o para outro idioma. De resto, porém, a S Pen é uma adição interessante, mas que, por si só, não é o que torna o Note 8 mais chamativo do que outros smartphones. Escrever com a caneta é prático em alguns momentos, mas se você, como eu, não tem o hábito de escrever de outra forma que não seja através de um teclado, então será fácil esquecer que a S Pen existe.
Trata-se, portanto, de uma peça interessante, mas não muito importante. O software como um todo, assim como o design exterior do aparelho, ainda não está num estágio em que possa ser usado sem qualquer alteração – o teclado da Samsung, especialmente, é quase inutilizável de tão lento e pouco responsivo. Você ainda vai precisar ajustar algumas coisas no Note 8 depois que ele sai da caixa. E há muitas opções de ajuste.
A lista de recursos do Note 8 vai longe: customização de ícones, seleção de resolução de tela, indicadores de LED, atalhos nas curvas da tela, edição de barra de navegação, tela always-on e uma seção especial no app de configurações que se chama “Manutenção do aparelho”, que inclui opções de aprimoramento de performance de bateria, armazenamento, um modo de alta performance para games e apps mais pesados e até proteção contra vírus.
Por fim, não podemos deixar de falar do scanner de íris, o “revolucionário” método de autenticação inaugurado com o Galaxy S8. Assim como no primeiro top de linha da Samsung no ano, o scanner de íris no Note 8 é extremamente falho. O processo de registrar a biometria dos seus olhos é lento e pouco prático. Você precisa manter o celular sempre a uma distância pré-determinada do seu rosto para ele te reconhecer, não pode usar óculos de grau e, dependendo da iluminação do ambiente, pode não funcionar mesmo.
Ou seja, uma solução problemática para um problema que já havia sido resolvido lá atrás, com o sensor de impressões digitais. No S8, a Samsung errou feio ao deixá-lo colado na câmera, já que manchar a lente tateando a traseira para achar o sensor era inevitável. Agora há um flash entre a câmera o leitor biométrico, o que evita esse problema, mas o sensor continua ruim, como dissemos logo acima. Resumindo: desbloquear o Note 8 é uma tortura.
O software do Note 8 é otimizado o bastante para que você possa aproveitar quase tudo o que se pode fazer num Android sem precisar instalar qualquer app de terceiros. Isso torna o sistema mais útil, eficiente e mais seguro. Em resumo, o conjunto software + S Pen do Galaxy Note 8 é uma suíte de produtividade capaz de aproveitar muito bem o hardware de alto desempenho montado pela Samsung.
Câmeras
Há alguns anos, celulares top de linha da Samsung são sinônimo de ótimas câmeras. A tradição se mantém no Galaxy Note 8, que é o primeiro smartphone da empresa a vir com duas câmeras na parte traseira, algo que diversas outras fabricantes têm feito no último ano e meio. Cada empresa usa o conjunto de dois sensores de uma forma diferente, mas o do Note 8 funciona de maneira bem parecida com a câmera dupla dos iPhones 7 Plus e 8 Plus.
Uma das câmeras possui uma lente de ângulo aberto com 12 MP de resolução, estabilização óptica e abertura de f/1.7. Já o segundo módulo é composto por uma lente teleobjetiva, com os mesmos 12 MP de resolução, estabilização óptica e abertura de f/2.4. A frontal, por sua vez, é de 8 MP e tem abertura de f/1.7. O resultado das fotos tiradas com todas elas é impressionante.
Na parte traseira, o Note 8 usa a câmera dupla para duas funções primordiais. Uma delas é o recurso que a Samsung chama de “Foco Dinâmico” e consiste em um efeito que deixa o plano de fundo da imagem borrado enquanto ressalta o foco do objeto em primeiro plano. Isso gera aquele efeito de profundidade, também chamado de bokeh, visto em fotos feitas por câmeras DSLR, que são mais caras e mais profissionais.
É basicamente o que os iPhones 7 Plus e 8 Plus fazem com suas câmeras duplas, num efeito que a Apple chama de “Modo Retrato”. É possível selecionar manualmente o quanto o plano de fundo é borrado em cada foto, e o resultado é rico em detalhes. Veja alguns exemplos abaixo.
O problema é que o usuário precisa estar a uma distância mínima do objeto a ser destacado em primeiro plano. Além disso, fotos em movimento dificilmente acertam a diferença entre o primeiro plano e o plano de fundo. Detalhes mais difícieis de capturar, como fios de cabelo, por exemplo, tendem a se misturar com o fundo, quebrando a ilusão do bokeh. O ideal é usar o recurso para fotos estáticas e bem ensaiadas, em que é possível tirar resultados realmente impressionantes.
A segunda função da câmera dupla é zoom óptico. Normalmente, celulares possuem apenas um sistema de zoom digital que apenas estica a imagem para que se possa aproximar de detalhes. O que isso faz é estragar a resolução da foto a troco de nada. Com o zoom óptico, você pode realmente registrar cenas mais distantes sem perder qualidade.
O zoom óptico do Note 8, assim como o dos iPhones, é de apenas duas vezes, mas pode ajudar quando você realmente quiser capturar um detalhe distante. Veja alguns exemplos do zoom óptico do Note 8 em ação abaixo.
Assim como outros smartphones da marca coreana, o Note 8 também vem com um modo “pro” de fotografia que permite editar uma série de recursos, como ISO, diafragma, filtro de cor, exposição, balanço de branco e contraste, entre outros detalhes. Há ainda um modo de foto panorâmica, câmera lenta, time-lapse, máscaras interativas para selfies e até um modo “foto virtual” que cria um molde tridimensional de objetos.
É possível até baixar pacotes de configurações pré-determinadas para usar na câmera do Note 8. No modo automático, porém, o celular consegue tirar fotos impecáveis, realistas e prontas para serem compartilhadas em redes sociais. O mesmo vale para as selfies, ainda que tenham um pouco menos resolução. Veja alguns exemplos:
Note como as fotos saem ricas em detalhes, mesmo nos contornos mais difíceis, com uma boa vibração de cores, contraste e alcance dinâmico, que diferencia bem os pontos claros dos mais escuros. Em pouca luz, seja em ambientes abertos ou fechados, o resultado também é de fotos nítidas, ainda que não tão “cinematográficas” quanto as de um iPhone, por exemplo. No Brasil, é impossível encontrar um celular Android com uma câmera melhor que a do Note 8.
Conclusão
Parabéns, você chegou ao fim deste review, o que significa que você está realmente interessado em adquirir ou ao menos sonha em adquirir o novo celular da Samsung. Apesar de todos os elogios tecidos ao aparelho nos parágrafos acima, você precisa saber que tudo isso está atrelado ao embasbacante preço de R$ 4.400 pela versão de 64 GB e R$ 4.800 pela edição de 128 GB sugerido pela Samsung.
Nesta faixa de preço, você pode encontrar apenas outro celular da Samsung, o Galaxy S8+ com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. O iPhone 7 Plus mais caro do momento, com 128 GB de armazenamento, custa R$ 4.299 no site da Apple. Já o Moto Z2 Force, que também tem duas câmeras, 6 GB de RAM e processador Snapdragon 835, pode ser encontrado custando cerca de R$ 2.600 no varejo brasileiro.
Como dissemos no review do Galaxy S8, R$ 4.000 é um preço inaceitável, até mesmo para um smartphone tão completo quanto o novo top de linha da Samsung. E apesar de toda essa gama de recursos que o aparelho tem, ele ainda não é perfeito, e pelo preço que ele é vendido, o mínimo que se espera é um smarthone perfeito.
Se você quer muito o melhor smartphone do mercado, com sistema Android, que seja da marca Samsung e não se importa com preço, o Note 8 é para você. Para todas as outras pessoas mais ajustadas à realidade do brasileiro médio, o que não falta são opções mais baratas, como os já citados Galaxy S8, Moto Z2 Force e iPhone 7.
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