A próxima versão do Firefox representa uma mudança tão drástica que a Mozilla decidiu ignorar sua numeração — que é 57 — e chamá-la de Firefox Quantum.
O navegador foi todo redesenhado, tanto em termos de comportamento quanto no que se refere a design, e a Mozilla garante que ele é mais eficiente do que o que se encontra pelo mercado. O próprio Firefox ficou lento perto do Quantum, já que a nova versão é duas vezes mais veloz que a que estava disponível há um ano.
Há mais de um truque por trás dessas afirmações, mas o principal é que a Mozilla desenvolveu um método que faz o Quantum rodar em vários núcleos de uma CPU em vez de confiar no desenrolar de uma única e morosa sequência, como acontece atualmente. Há um novo motor CSS, escrito em Rust, que tira proveito disso, operando paralelamente em núcleos diferentes.
Além disso, também mudou o comportamento das abas. A que estiver ativa tem total atenção em termos de carregamento, e o navegador prioriza abas por ordem de importância, prestando atenção àquelas que estiverem sendo usadas mais frequentemente.
Esses são recursos que vêm sendo testado há meses. Com o apoio da sua comunidade de desenvolvedores, a Mozilla conseguiu eliminar nada menos do que 468 problemas que contribuíam para tornar o navegador lento.
Outra questão que chama atenção no Quantum é o seu visual. A fundação aplicou o conceito do projeto Photon, garantindo que sua equipe “gastou tempo entendendo como os usuários enxergam navegadores”.
O browser respeita a nova tendência de telas com altas taxas de pixels por polegada. Também conta com animações mais suaves e uma biblioteca que reúne favoritos, histórico, downloads, abas, capturas de tela e Pocket — aliás, este último, que foi comprado pela Mozilla no ano passado, está integrado ao Quantum, funcionando como parte do navegador.
A versão estável do Firefox Quantum será liberada em 14 de novembro, mas já é possível baixar o beta para Windows, Mac, Android e iOS.