No anúncio oficial do iPhone 8 e do iPhone X no início deste mês, a Apple, como já é tradição, manteve-se em silêncio quanto ao hardware dos aparelhos. Um desmanche do iPhone 8 revelou detalhes sobre a bateria e a quantidade de RAM no dispositivo, e agora surgiram mais informações sobre as entranhas do modelo mais caro, que só começa a ser vendido em novembro.

O jornalista Steve Hemmerstoffer, conhecido como OnLeaks e por vazar informações secretas de diversos dispositivos, divulgou no Twitter a classificação que o iPhone X recebeu da Tenaa, uma agência de regulamentação da China, semelhante à Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, do Brasil.

Segundo a Tenaa, o iPhone X vem com 3 GB de RAM, mesmo volume que há no iPhone 8 Plus. Por outro lado, a bateria é de 2.716 mAh, que consegue ficar atrás dos iPhones 7 Plus (2.900 mAh), 6s Plus (2.750 mAh) e até do 6 Plus (2.915 mAh), lançado em 2014. É, por outro lado, maior que a do iPhone 8 Plus, que tem uma de 2.675 mAh.

A Apple não comenta esses números, mas disse na apresentação do aparelho que o iPhone X “dura até duas horas mais do que o iPhone 7”. Vale destacar que a tela do celular é bem maior que a de qualquer outro smartphone da empresa, com 5,8 polegadas, mas o painel é OLED, que economiza muito mais energia do que o LCD dos outros modelos.

É preciso lembrar também que números não significam muita coisa no caso do iPhone. É verdade que 3 GB de RAM parece pouco diante dos 6 GB de RAM de um Galaxy S8+ ou Moto Z2 Force, por exemplo. Só que o iOS gerencia dados através do processador e da memória de uma maneira diferente que os smartphones Android, podendo assim conseguir o mesmo nível de performance sem a mesma quantidade de RAM.

O mesmo vale para a bateria. A forma como o chip A11 Bionic, que equipa o iPhone X, gerencia o consumo de energia pode permitir uma boa duração de bateria mesmo que seja uma unidade menos densa que a de alguns modelos Android, que têm mais de 4.000 mAh em alguns casos. Por outro lado, o iPhone é conhecido por não ter uma bateria tão durável quanto a de alguns rivais, especialmente após a atualização do iOS 11.

Tudo leva a crer, porém, que esses números dificilmente prejudicarão a performance geral do iPhone X, ainda que sejam curiosos. Testes preliminares indicam que o processador do novo celular é mais potente que o de qualquer outro Android no mercado. Resta saber se, no dia a dia, a experiência de uso com o celular será mesmo tudo o que os testes prometem.