WhatsApp, um dos aplicativos de mensagens mais usados do mundo, voltou a ser bloqueado na China. Não é a primeira vez que isso acontece, sendo que o último bloqueio ocorreu há pouco mais de dois meses e durou apenas alguns dias.
De acordo com o TechCrunch, o bloqueio foi exigido pelo governo chinês, mas o motivo não foi divulgado. Especula-se que esteja ligado ao congresso do Partido Comunista, que governa o país. O evento será realizado em Pequim no próximo mês.
Há tempos a relação entre China e WhatsApp é vulnerável, especialmente por conta do sistema de criptografia de ponta-a-ponta do aplicativo. O governo chinês teme que dissidentes se aproveitem do sistema para se comunicarem e se organizarem sem risco de espionagem.
Apesar de ser um dos apps mais usados do mundo, o WhatsApp não chega a ser tão popular na China quanto o WeChat, por exemplo, outro famoso app de mensagens. De qualquer forma, a complexa relação entre o governo local e o aplicativo também se estende ao dono do serviço, o Facebook.
A rede social, assim como outras de origem estrangeira, é banida da internet chinesa. O Facebook já tentou contornar o bloqueio oferecendo uma ferramenta de censura ao governo chinês que seria utilizada pelo país para controlar o que é postado na versão local da rede social.
Entretanto, uma reportagem recente do The New York Times revelou que o Facebook, paralelamente a essa negociação, também se infiltrou no país através de um app de fotos e vídeos chamado “Colorful Balloons”. Para se esconder dos reguladores, a empresa usou o nome de fachada “Youge Internet Technology”.
Com a divulgação de que o Facebook se infiltrou na China sem o consentimento do governo e com o banimento do WhatsApp nesta semana, tudo indica que a relação entre o país asiático e a empresa de Mark Zuckerberg não tem avançado da melhor maneira possível.