O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, parece estar desistindo do plano audacioso de vender a maioria das suas ações na rede social sem diminuir o controle total que exerce sobre a empresa.
Conforme relata o Ars Technica, o plano, que o Facebook anunciou no ano passado, teria dado aos acionistas duas novas ações simples por cada ação com direito a voto que possuíam, sendo que Zuckerberg esperava vender esses papéis para financiar fundos de caridade.
No entanto, os acionistas entraram com um processo alegando que o plano consolidaria o poder nas mãos do executivo sem benefícios para os acionistas. Durante o litígio, descobriu-se que um dos membros do conselho do Facebook, Marc Andreessen, estava orientando o CEO sobre como convencer outros membros do conselho.
Em geral, a maioria das empresas opera de acordo com um princípio de voto compartilhado. Mas várias empresas de tecnologia, incluindo Google e Snap, oferecem direitos de voto adicionais por ação para fundadores e investidores iniciais. Dessa forma, os votos extras dão a Larry Page e Sergey Brin, por exemplo, a maioria do poder de voto do Google mesmo que eles possuam menos da metade das ações da empresa. O mesmo é visto na Snap, em que os cofundadores Evan Spiegel e Bobby Murphy exercem juntos a maioria dos votos, dando-lhes controle total sobre a administração da companhia.
Zuckerberg esperava seguir os passos das concorrentes com uma divisão de ações ainda mais ambiciosa de três por um. Se ele fosse bem-sucedido, isso teria permitido ao empresário vender mais de dois terços de suas ações sem perder o controle do Facebook. Isso o ajudaria a cumprir sua promessa de entregar 99% de sua riqueza para a caridade.