Desde o ano passado, a Kaspersky trava uma batalha judicial contra a Microsoft em diferentes tribunais da Europa. A queixa da empresa de cibersegurança russa é de que a dona do Windows “boicota” os programas antivírus de outras companhias por causa do seu Windows Defender.
Nesta semana, porém, a Kaspersky anunciou que vai desistir do processo contra a Microsoft. Segundo a empresa russa, a Microsoft se comprometeu a atender aos seus pedidos e dar mais espaço para as desenvolvedoras de antivírus a partir da próxima grande atualização do Windows.
A queixa da Kaspersky era de que a Microsoft estava desligando antivírus independentes sempre que atualizava o Windows, alegando “incompatibilidade”. Assim, o Windows Defender, antivírus nativo do sistema, era ligado e se tornava o defensor padrão dos usuários.
Além desse desligamento “arbitrário”, a Microsoft era acusada de avisar a Kaspersky e outras empresas de antivírus sobre atualizações do Windows com apenas sete dias de antecedência. Segundo a russa, isso não é tempo suficiente para fazer as mudanças necessárias para oferecer compatibilidade com novas versões do sistema operacional.
Desde o começo do processo, a Microsoft jamais negou as acusações, mas limitou-se a dizer que tudo o que fazia em relação ao Windows Defender era para garantir a segurança dos usuários sem interrupções. Agora, porém, a companhia se comprometeu a mudar algumas de suas práticas.
De acordo com informações do site MSPoweruser, a Microsoft vai começar a trabalhar conjuntamente com as empresas de cibersegurança para atualizar seus produtos antes de updates do Windows. Além disso, companhias como a Kaspersky serão avisadas com maior antecedência sobre atualizações do sistema operacional que possam causar incompatibilidade.
As mudanças começam a valer no Creators Update de Primavera, próxima grande atualização do Windows 10, ainda sem data para sair. A Kaspersky disse que abandonou todos os processos contra a gigante, em todos os tribunais acionados até agora.