Um dos casos mais bizarros que o muitas vezes peculiar mercado de tecnologia nos proporcionou nos últimos anos foi a história do Juicero, uma máquina de suco conectada que foi desmascarada como inútil. Agora, a empresa descobriu que seu produto não colou, com direito a uma “mudança estratégica” com queda de preços e demissão de funcionários.

Para quem não lembra, o Juicero é uma máquina que usava toneladas de pressão para espremer sacos de suco contendo vegetais e frutas já processados. O equipamento era vendido a US$ 400 e cada saquinho custava entre US$ 5 e US$ 7, com a promessa da empresa de que apenas sua máquina seria capaz de extrair o conteúdo. No entanto, foi descoberto que era plenamente possível espremer o conteúdo com as próprias mãos, tornando o Juicero um produto inútil.

Com a realização de que o modelo de negócios não ia pegar o público, a empresa anunciou um novo plano. Segundo a Fortune, o novo CEO da Juicero, Jeff Dunn, enviou aos funcionários um comunicado. No texto, afirmava que “os preços de US$ 400 pela prensa e US$ 5 a US$ 7 pelos pacotes não são um modo realístico de cumprir nossa missão na escala que desejamos”.

Agora, a expectativa é que a segunda geração do Juicero custará algo na casa dos US$ 200, o que é um preço um pouco mais palatável. No lançamento, a prensa de suco custava, na verdade, US$ 700. Quando houve a troca de CEO, logo o custo caiu para US$ 400, que ainda assim era caro demais.

Para bancar a redução de preço, a empresa também anunciou um corte de funcionários, segundo a publicação, que atingirá 25% de sua força de trabalho. A maior parte das demissões deve atingir o setor de marketing e vendas da companhia.