Hoje, comemoramos dez anos do lançamento comercial do primeiro iPhone. O dispositivo que revolucionou os celulares chegou ao mercado em 29 de junho de 2007, e desde então, suas diversas versões já superaram em muito a marca de um bilhão de unidades vendidas.

Apesar dessa incrível importância e popularidade, no entanto, ainda há uma série de curiosidades e informações sobre o dispositivo que poucas pessoas sabem. Para celebrar a data e espalhar mais histórias sobre os iPhones, coletamos aqui dez coisas que você (provavelmente) não sabia sobre o iPhone. Confira:

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1. No ano em que foi lançado, o iPhone foi considerado “a invenção do ano”

Em 2007, a revista Time escolheu o iPhone como a “invenção do ano”. Ele foi homenageado na edição de novembro da revista, que considerou que ele “é mais do que um simples brinquedo. Ele é genuinamente um computador de mão”. Foram cinco os motivos listados pela revista para sua escolha, incluindo “Ele é bonito” (em referência à atenção que a Apple deu ao seu design) e “Ele é sensível” (referindo-se à sua tela sensível a toque). Mas uma delas era particularmente interessante: “Ele fará os outros telefones serem melhores” – o que se revelou verdade, já que os smartphones Android vieram em seguida. De fato, o iPhone mudou para sempre o que se esperava de um celular.

2. Ele quase foi bem mais parecido com um celular Android

Se Steve Jobs fosse o único a tomar todas as decisões sobre o design dos iPhones, os primeiros dispositivos teriam sido mais parecidos com os celulares Android atuais. Isso porque Jobs queria que os iPhones tivessem um botão “voltar” além do botão Home. Quem dissuadiu Jobs dessa ideia foi o engenheiro Imran Chaudhri, que achou que seria melhor ter um só botão, que faz sempre a mesma coisa, para gerar confiança no usuário. Chaudhri relembra esse momento com algum orgulho: “essa foi uma discussão que eu ganhei”.

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3. Todo anúncio de iPhone novo tem uma referência ao anúncio original

 

Você já reparou que todas as imagens de divulgação dos iPhones têm exatamente o mesmo horário, 9:41? Bem, não é à toa. Essa foi a hora em que o primeiro iPhone foi anunciado. E mesmo esse número não foi um acidente. Ele foi escolhido porque a empresa programa as suas apresentações para que a grande novidade chegue sempre cerca de 40 minutos após o início. E como os eventos de anúncio de novos iPhones costumam começar às 9h, o mais provável é que o anúncio do iPhone acontecerá cerca de 40 minutos depois.

4. A Apple não foi a primeira a usar o nome “iPhone”

Hoje em dia, “iPhone” e “Apple são praticamente sinônimos. Mas o iPhone da Apple, lançado dez anos atrás, na verdade “roubou” seu nome de um dispositivo da empresa Cisco Systems. Embora a Cisco tivesse patenteado o nome, ela ainda não tinha lançado um produto com esse nome – mas pretendia. Tanto que, dias após o anúncio do iPhone da Apple, a Cisco processou a empresa. No final das contas, o processo foi resolvido por meio de um acordo, o que saiu barato para a Apple, já que a Cisco também era dona de outro nome que a empresa usa hoje em dia: iOS (que, para a Cisco, significaria “internet operating system”). O problema também foi visto no Brasil, quando muitos anos depois do primeiro iPhone da Apple, a Gradiente resolveu lançar seu próprio iphone, baseado em um registro de um celular dos anos 1990. 

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5. Seu primeiro nome foi “Roxo”

Quando o iPhone ainda era apenas uma ideia e estava sendo desenvolvido, a Apple usava um codinome para ele: “Purple”, que significa “roxo” em tradução literal. Em alguns casos, ele era encurtado para apenas “P.”. As salas de reunião onde o projeto era tocado eram conhecidas como “salas roxas”, ou “Purple Rooms”, pelas pessoas envolvidas no projeto. E a Apple chegou até mesmo a liberar imagens do primeiro protótipo “Purple” para provar que não tinha copiado a Sony.

6. Ele colocou a Apple em risco de falência

No momento em que começou a criar o iPhone, a Apple já tinha sucesso no ramo de computadores e de música. Mas ela percebia que muita gente carregava tanto um iPod quanto um celular, e que eventualmente esses dois dispositivos iriam se fundir. E então, ela resolveu ser a empresa que promoveria essa fusão. Acontece que ela entraria num campo dominado por gigantes – Nokia, Motorola, Sony – no qual ela não tinha experiência nenhuma, e que exigiria todo um novo hardware e uma nova interface de usuário completamente intuitiva. O advogado da Apple, Harold McElhinny, diria mais tarde ao autor Leander Kahney que, se o iPhone não tivesse dado certo, ele teria destruído a Apple.

7. A ideia inicial era que ele fosse um iPod turbinado

No processo de criação do iPod, a Apple fez duas equipes, que deveriam criar dois aparelhos diferentes para competir um com o outro. Uma delas, liderada por Tony Fadell, criou um aparelho que era uma espécie de iPod turbinado. Além de ouvir música, ele também podia fazer ligações e rodar programas básicos. Ela usava o mesmo controle de roda do iPod para discar, mas não conseguia se conectar à internet, baixar aplicativos ou realizar tarefas mais complexas. Por isso, segundo a Wired, Steve Jobs acabou preferindo o outro projeto, que era um celular com tela sensível a toque, e que evoluiu para o primeiro iPhone.

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8. Ele foi previsto quase 50 anos antes de ser lançado

Em 1964, o autor de ficção científica Isaac Asimov publicou no New York Times suas estimativas de como seria a Exposição Mundial de 2014. Dentre suas previsões, estava o seguinte: “As telecomunicações serão audiovisuais, e você poderá tanto ouvir quanto ver a pessoa com quem você está falando. A tela poderá ser usada não só para ver as pessoas para quem você liga, mas também estudar documentos e fotografias e para ler pedaços de livros”. Nunca aconteceu uma Exposição Mundial de 2014, mas em 2007 o lançamento do primeiro iPhone tornou realidade essas previsões do escritor.

9. Ele é fruto de uma birra de Steve Jobs com um executivo da Microsoft

O caminho que levou Jobs a lançar o iPhone foi tortuoso. Segundo Scott Forstall, ex-chefe de software da Apple, o iPad deveria ter sido lançado antes do celular da empresa, e o motivo pelo qual a companhia investiria no tablet era por causa do rancor que Steve Jobs sentia de um executivo não nomeado da Microsoft, que repetia sobre como as stylus (as canetas eletrônicas) seriam importantes para os tablets. Jobs decidiu “mostrar para eles o que um tablet pode realmente ser”, apostando que o uso dos dedos seria uma solução mais adequada. No entanto, ao notar a tendência de fusão do mp3 player com o celular, a Apple viu o iPod em risco e colocou o projeto do iPad em segundo plano para criar o iPhone, que utilizou boa parte da tecnologia desenvolvida especificamente para o tablet. O iPad só seria lançado três anos depois.

10. Uma das primeiras ligações feitas com um iPhone foi um trote, repetido até hoje

Quando Steve Jobs anunciou o iPhone em janeiro de 2007, ele demonstrou as diversas funcionalidades que o aparelho tinha – incluindo, obviamente, a de fazer chamadas. Para isso, ele ligou para um starbucks próximo e disse que “gostaria de pedir quatro mil cafés com leite. Não, bricadeira. Disquei errado. Tchau!”. O site Fast Company conseguiu encontrar a atendente que recebeu a ligação, Ying Hang Zhang (chamada de Hannah). E ela disse que ficou feliz de falar com ele, mesmo que por poucos segundos. Mas, por causa disso, até hoje há pessoas que ligam lá pedindo exatamente o que Jobs pediu naquele dia.