Um dos rumores cercando o próximo grande lançamento da Apple dá conta de que o novo iPhone terá seu sensor biométrico instalado sob a tela, o que dispensaria a necessidade de se ter um local especificamente reservado para isso e possibilitaria a criação de um smartphone cuja área frontal fosse preenchida apenas por tela. Essa visão se tornou mais próxima da realidade nesta terça-feira, 27, mas a companhia que vai inaugurar tal perspectiva vem da China.
Durante a Mobile World Congress Xangai, a Qualcomm apresentou novos leitores biométricos que podem seguir a ideia descrita acima. Eles são os primeiros capazes de funcionar através de vidro e até alumínio, o que torna possível o desenvolvimento de aparelhos completamente livres da necessidade de reservar espaços físicos em seu design para o desbloqueio por impressão digital.
Segundo reporta o Digital Trends, o sensor será lançado em três opções: uma para celulares premium, que poderão posicioná-lo abaixo da tela; outra que permite a instalação sob metal; e, por fim, um sensor para smartphones mais básicos que pode ficar abaixo do vidro.
Todos são imunes a intempéries de uso, funcionando mesmo se o dedo do usuário estiver sujo ou houver a presença de água, óleo, suor, entre outras coisas. Além disso, eles possuem sistemas de reconhecimento cardíaco e de fluxo sanguíneo, o que ajuda no processo de autenticação e evita a ação de hackers.
Os sensores são totalmente compatíveis com os processadores atuais da Qualcomm e, obviamente, com os novos modelos apresentados pela empresa. E a Qualcomm garante que, apesar de se tratar de uma tecnologia que promete chacoalhar o setor, sua criação não vai inflacionar o valor dos smartphones.
Quando chegará às lojas?
A companhia fechou parceria com a Vivo, uma fabricante chinesa que vem fazendo cada vez mais sucesso no país, e assim a marca pôde apresentar um protótipo já contendo as tecnologias recém-reveladas pela Qualcomm.
O Engadget testou dois aparelhos, um com o sensor posicionado num único local sob a tela e outro com o sensor na traseira.
O primeiro incomodou o repórter do site porque o processo de autenticação foi mais lento do que o usual e também porque há apenas um espaço pequeno para posicionar o dedo. São duas questões que serão resolvidas até o lançamento concreto, prometeu a Vivo, ressaltando que é possível incluir quantos sensores a fabricante desejar num aparelho, embora isso encareça o celular; a ideia da marca é forrar toda a área inferior da tela com eles, o que aumentaria significativamente a velocidade de desbloqueio e proporcionaria mais mobilidade.
De acordo com a CNET, a Qualcomm vai começar a enviar amostras às fabricantes em outubro, e prevê que os primeiros celulares com sensor sob vidro ou metal sejam lançados até o começo de 2018. Os que terão sensores abaixo do display, entretanto, devem vir só após a passagem do meio do ano — a própria Vivo não informou quando pretende vender os modelos apresentados ontem.