Novo design da Nvidia permitirá notebooks gamers leves e ultrapoderosos

Renato Santino30/05/2017 17h10, atualizada em 30/05/2017 17h20

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Notebooks para jogos têm ganhado um bom destaque no mercado, como uma tentativa das fabricantes de atingir novos nichos para balancear o declínio do setor de PCs. No entanto, por muitos anos, eles apresentavam um dilema: ou o laptop é poderoso, mas grosso e pesado, ou leve, portátil, mas sem muito poder para rodar jogos com boa qualidade. Agora, a Nvidia quer tentar mudar isso com um novo design chamado Max-Q.

A empresa anunciou sua nova tecnologia durante a Computex 2017, com a promessa de que seria possível incluir placas com o poder da GTX 1080 em laptops com 18 milímetros de espessura e peso que não supera a casa dos 2,2 kg.

No vídeo em que destaca o Max-Q, a Nvidia faz a comparação entre como eram os notebooks para jogos há 3 anos, quando a empresa lançou a família GeForce 800M. Um laptop poderoso, com uma GTX 880M, tinha uma espessura de 51 milímetros e pesava cerca de 4,5 kg. Hoje já é possível concentrar o triplo de poder gráfico em um notebook em um formato muito mais leve e portátil.

Segundo a Nvidia, as GPUs com o design Max-Q também terão um modo silencioso, chamado de WhisperMode. A ideia deste recurso é diminuir a emissão de sons do computador limitando também o seu poder gráfico; dosando a taxa de quadros dos jogos, mantendo o laptop fresco e silencioso.

O Max-Q, no entanto, não servirá só para notebooks superpoderosos com a GTX 1080. Várias fabricantes, incluindo Acer, Alienware, Asus, Gigabyte, Lenovo, MSI e muitas outras marcas já se comprometeram a aproveitar o design com outras GPUs mais modestas, incluindo também as GTX 1060 e 1070.

A Nvidia promete que os primeiros notebooks a fazerem uso da tecnologia começarão a chegar ao mercado em 27 de junho. A Acer, inclusive, já apresentou um laptop, o Predator Triton 700 que foi criado com o design Max-Q para incorporar uma GTX 1080 em um laptop com tela de 15,6 polegadas e apenas 18,9 milímetros de espessura.

O problema disso tudo é preço. Notebooks normalmente funcionam em um esquema “triângulo”, no qual você precisa escolher duas de três opções: poder, preço e portabilidade. Se você tem um produto poderoso e leve, as chances de ele ser caríssimo são altas. E isso se reflete no já citado Predator Triton 700, que custa US$ 3.000 em sua configuração mais simples. Assim, não seria nenhuma surpresa que os notebooks Max-Q chegassem ao Brasil custando mais de R$ 15.000. Isso se eles chegarem.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital