A polêmica lâmina de barbear a laser funciona na vida real? Veja

Renato Santino27/11/2015 19h47

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Em outubro, um projeto chamou a atenção do mundo: a Skarp Laser Razor era um projeto de lâmina de barbear que não era na realidade uma lâmina. O aparelho prometia cortar fios de barba sem irritar o rosto usando raios laser. O projeto levantou US$ 4 milhões no Kickstarter, mas teve que ser retirado do ar por não apresentar um protótipo funcional.

Mas a empresa é real, e o projeto também. Um repórter do site americano CNET foi até a sede da Skarp para conhecer de perto seus planos. E, sim, a empresa tem uma lâmina-laser. Mas ela ainda está longe de ser funcional.

O protótipo da empresa ainda não chegou ao ponto de ser seguro o bastante para ser usado na barba, então os testes têm que ser feitos nos pelos do braço. Outro problema: a cada passada da lâmina, apenas alguns fios são cortados, tornando-a bastante ineficiente em seu trabalho. Você pode assistir aos testes neste link, mas eles estão em inglês.

Além disso não há unidades prontas da lâmina. Há uma fibra óptica com o laser passando por ela e há as lâminas esculpidas pelas quais, um dia, a fibra passará. No entanto, tudo isso ainda não foi montado. Este foi o problema que fez o Kickstarter cancelar o projeto.

A idea é a seguinte: A fibra ficará na cabeça do aparelho de barbear, e o usuário terá que passá-la sobre sua pele. O raio laser, confinado à fibra, escapa e dispara sobre o pelo assim que ele é detectado, permitindo sua remoção. No entanto, para funcionar em vários pelos ao mesmo tempo, a empresa teria que ter acesso a fibra de maior qualidade, que custa caro. Aparentemente, foi isso que motivou a Skarp a recorrer ao Kickstarter, já que a startup também não quis recorrer a investidores convencionais para não ter que compartilhar detalhes sobre o produto.

De forma resumida, então, o protótipo funciona, mas está longe de ser perfeito e muito longe da promessa feita na campanha do Kickstarter, o que é parcialmente compreensível para um protótipo, que é uma prova de conceito, e não um produto final.

Via CNET

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital