Fundador do Google está construindo dirigível gigante com colaboração da Nasa

Redação26/04/2017 14h10, atualizada em 26/04/2017 14h58

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Lembra dos dirigíveis, aqueles balões compridos, cheios de gás explosivo, com uma cabine embaixo para transportar cargas e pessoas? Bem, você pode não se lembrar, mas Sergey Brin, um dos fundadores do Google, lembra-se muito bem. Tão bem que ele está construindo um desses em um hangar da Nasa.

Quatro pessoas familiarizadas com o projeto (e que pediram para não serem identificadas) disseram à Bloomberg que Brin está construindo um enorme dirigível no Hangar 2 do centro de pesquisa Ames, da Nasa. Por e-mail, o cofundador do Google disse que não tem “nada a dizer sobre o assunto agora”, e não está claro se o projeto é um hobby pessoal ou algo voltado a negócios.

No entanto, de acordo com as quatro pessoas ouvidas, o projeto está sob direção de Alan Weston, o antigo diretor de programas do centro de pesquisa da Nasa. Weston já trabalhou na Força Aérea dos EUA, com projetos de armas espaciais, e na Nasa, com projetos de naves de baixo custo capazes de pousar na Lua. Mas, além disso, ele também já tem experiência na elaboração de projetos de dirigíveis.

Mas por quê?

A experiência de Weston com dirigíveis dá uma pista sobre o possível motivo de Brin ter se envolvido com um assunto tão inusitado. A ideia do ex-diretor da Nasa é que eles poderiam ser mais eficientes que aviões, em termos de custo, para transportar cargas. Além disso, eles têm muito mais facilidade de pousar do que aviões, e por isso poderiam entregar suas remessas diretamente ao destino final.

Em uma entrevista de rádio de 2013, Weston falou mais sobre o projeto: “Novas tecnologias de dirigíveis têm o potencial de reduzir o custo de mover cargas por tonelada e por milha a uma nova ordem de magnitude”, comentou. Embora o custo delas seja alto, “já existe o desenho de uma classe de veículos capazes de levantar até 500 toneladas que poderia ser mais eficiente em combustível até mesmo do que caminhões”.

Weston em seguida comentou que esse tipo de dirigível funcionaria com base em gás hélio, e teria “pulmões” que absorveriam o ar externo: o deslocamento do hélio e do ar dentro do dirigível faria com que ele se movesse e se mantivesse em voo. Segundo a Bloomberg, já houve tentativas de se construir naves desse tipo, mas ainda sem sucesso.

Fascinação antiga

Brin, por sua vez, é um fã de longa data dos dirigíveis. O hangar da Nasa que atualmente hospeda seu projeto fica próximo da central de operações da Alphabet, empresa “mãe” do Google (e da qual Brin é atualmente presidente). O centro de pesquisa Ames também já hospedou um gigantesco dirigível chamado de USS Macon, e Brin teria se decidido a construir seu próprio dirigível após ver imagens do Macon.

Mesmo assim, ainda não é possível saber ao certo qual é a ideia por trás do projeto de dirigível de Brin. Ele afirmou, no entanto, que não se trata de algo relacionado à Alphabet. O TechCrunch lembrou de rumores segundo os quais Brin teria um avião particular do Google para festas. E o outro fundador do Google, Larry Page, também já se envolveu bastante com carros voadores, e prometeu que eles chegarão ao mercado até o final de 2017.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital