O celular mais vendido de 2016 não foi nenhum Galaxy. Não foi o iPhone 7, lançado no ano. Não foi um smartphone mais barato, que seria teoricamente mais acessível. O modelo mais popular de 2016 foi, na verdade, o iPhone 6s.

Faz bastante sentido. Como fabricantes de celulares Android normalmente dividem seus esforços com vários modelos diferentes, a Apple reúne toda a atenção para um único celular. Além disso, o iPhone 7 só saiu no último trimestre de 2016, enquanto o iPhone 6s se manteve como o principal smartphone da empresa pelos primeiros três quartos do ano.

Mas e em 2017? O aparelho está mais barato com o iPhone 7 no mercado. Ele ainda é um modelo que vale a pena neste ano?

O problema do iPhone 6s é que, mesmo com mais de um ano no mercado, ele ainda tem o custo-Apple-Brasil. Isso significa que ele foi lançado caro, e a desvalorização com o tempo também é lenta, de modo que o preço oficial do modelo mais barato ainda é R$ 3.000.

O valor é altíssimo se compararmos com outros tops de linha mais recentes. O Galaxy S7, que é seis meses mais novo, pode ser encontrado por R$ 2.000, e o S7 Edge pode ser comprado por R$ 2.500. O Moto Z, que também não tem a entrada de fone de ouvido como o iPhone 7, custa R$ 2.200.

Assim, para quem está procurando um celular e mantém todas as opções abertas, o iPhone 6s não deveria mais ser uma boa opção. Existem alternativas melhores, mais recentes e mais baratas.

No entanto, sabe-se que a marca Apple por si só tem uma força que nenhuma outra empresa tem. O iPhone tem fãs que só querem o iPhone e nada mais. O Android também conta com uma legião de fãs, mas sua lealdade é difusa entre diversas fabricantes. Neste caso, o iPhone 6s passa a fazer sentido.

O celular, lançado em 2015, ainda é ótimo. Boa câmera, rápido, sistema operacional estável e vários anos de atualizações de software pela frente, que é algo que usuários de Android com certeza não terão.

O problema ainda é preço. Novamente, o iPhone 6s mais barato custa R$ 3.000, mas o iPhone 7 mais básico custa R$ 3.500. São só R$ 500 de diferença para ter o celular mais novo, mais potente, com melhor câmera e mais anos de suporte.

Então, se você realmente quiser um celular da Apple e nenhuma outra marca desperta seu interesse, é isso que você precisa colocar na balança: os R$ 500 a mais vão fazer falta? Se sim, o 6s ainda é bom o bastante para alguns anos. Se não, o iPhone 7 é a melhor opção.

Outro fator a ser observado é que o iPhone 6s ainda tem a entrada convencional para fones de ouvido. Para alguns, isso pode ser um fator importante e decisivo que pesa contra o 7. Se você é uma dessas pessoas, o iPhone 6s ainda é uma boa opção, mas talvez seja o último iPhone que você compre na sua vida, porque a Apple não deve voltar atrás com essa decisão de design.