Diretamente envolvidos com a campanha do Facebook em cima do Snapchat, os desenvolvedores de Mark Zuckerberg se dividem entre os que gostam, os que não gostam e os que estão indecisos em relação à questão. Pelo menos foi assim que um ex-funcionário da empresa classificou o caso.

Mills Baker, que trabalhou como designer de produto no Facebook entre 2015 e 2016, tocou no assunto dentro de uma sessão de discussão no Quora. Sua opinião é a de que o que o Facebook está fazendo é reproduzir um formato, e não uma tecnologia — o mesmo pensamento já foi expressado pelo CEO do Instagram, Kevin Systrom. Porém, Baker ressaltou que há, sim, desenvolvedores no Facebook que se sentem desconfortáveis com tudo isso.

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“Para desenvolvedores que buscam invenção (em vez de, digamos, utilidade) (…), tenho certeza de que houve ambivalência”, comentou, antes de ressaltar: “O Snapchat não inventou efemeridade; compartilhamento em tela cheia com foco em mobilidade; chat; e nem mesmo, até onde eu saiba, as máscaras [filtros]. Eles apenas fizeram um belo trabalho integrando-os de uma forma que funcionasse e fizesse sentido para muitos usuários.”

“Nós queríamos fazer o mesmo: tornar possível que mais pessoas compartilhassem mais de suas vidas e se conectassem com os outros enquanto fizessem isso”, seguiu.

Baker lembrou que o “Stories” é um formato, e não um aplicativo, assim como o “ao vivo”, que tem sido explorado por tudo quanto é empresa. Como o Facebook é muito pesado para fazer experimentações — já que são quase 2 bilhões de usuários —, fica mais fácil simplesmente incorporar ao seu ecossistema formatos que tenham se mostrado frutíferos em outras plataformas.

“Em suma: alguns se sentiram eticamente em conflito; alguns sentiram ansiedade criativa; e muitos sentiram que deveríamos fazer seja lá o que funcionasse melhor, não importando como nos sentiríamos sobre isso, pelos nossos usuários.”