Donald Trump contraria Serviço Secreto dos EUA e ainda usa um Galaxy S3

Renato Santino27/01/2017 21h18, atualizada em 27/01/2017 21h20

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A segurança nacional dos Estados Unidos pode depender do nível de segurança do Android 4.4. Donald Trump, novo presidente do país, parece ter ignorado a instrução do Serviço Secreto e continua usando seu celular antigo para acessar a internet e usar o Twitter, abrindo brechas para ataques hackers.

Ninguém confirma oficialmente qual é o modelo usado por Trump, mas, pelas fotos publicadas com ele e seu aparelho, tudo indica que o modelo seja um Galaxy S3, lançado pela Samsung em 2012, como indica esta análise do site Android Central. Isso é um problema sério, porque a empresa não lançou nenhuma atualização para o modelo desde a versão KitKat, lançada em 2013.

Em um perfil do novo presidente dos EUA, a jornalista Maggie Haberman, do New York Times, conta que o telefone ainda é usado por Trump para usar o Twitter, e ainda é capaz de receber chamadas.

Como qualquer usuário de Android deve saber, um aparelho abandonado pela fabricante há tanto tempo já não é muito seguro para ser usado. Uma pessoa comum ainda pode aceitar o risco e continuar usando seu celular, mas, quando se trata de alguém em um cargo tão alto, o perigo se torna muito maior. Afinal de contas, Trump é um alvo de interesse de qualquer hacker no mundo e, com a ciberguerra se tornando um fator cada vez mais importante da política global, qualquer brecha é um perigo.

O Serviço Secreto orienta os novos presidentes a substituírem seus celulares ao assumirem o cargo. Barack Obama tinha um BlackBerry quando chegou ao poder que foi substituído por outro aparelho completamente travado, incapaz de fazer fotos, enviar mensagens, reproduzir música, fazer chamadas ou se conectar à internet.

O intuito é justamente reduzir ao máximo os riscos trazidos por uma tecnologia tão pessoal (e invasiva!) quanto um celular. Um aparelho infectado poderia se transformar em um microfone que transmite em tempo real as conversas de um presidente, ou transmitir sua localização para pessoas com más intenções 24 horas por dia. Basta que o usuário, no caso Donald Trump, clique em um link que não deveria no Twitter.

Via The Guardian

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital