Neste ano, o Olhar Digital está fazendo algo diferente. Estamos dando um prêmio simbólico para os celulares que pudemos testar ao longo de 2016. Não foram poucos os modelos em que colocamos as mãos desde janeiro até aqui e, desta vez, vamos listar aqueles celulares que mais nos impressionaram em uma categoria que tem crescido rapidamente no Brasil: a de intermediário-premium.
São os aparelhos custando entre R$ 1.000 e R$ 2.100. A faixa de preço antigamente seria dedicada aos tops de linha, mas hoje em dia, com a alta dos preços dos eletrônicos no Brasil, ela é ocupada por aqueles aparelhos que miram um pouco mais alto que o intermediário e os celulares de entrada, mas não chegam a ter tudo que um top de linha tem.
Nossos critérios: os aparelhos a seguir tiveram seus preços pesquisados alguns minutos antes de publicarmos este texto. O valor não reflete o preço sugerido pela fabricante, mas sim o encontrado pelo consumidor nas principais redes de varejo neste fim de ano, que é o que realmente importa. Também levamos em consideração apenas os celulares lançados no Brasil e que tivemos a oportunidade de testar ao longo do ano, uma vez que não podemos opinar sobre aquilo em que não mexemos.
Isso dito, estes são os melhores celulares na faixa de preço até R$ 2.100:
5º Samsung Galaxy A9: a linha intermediário-premium da Samsung tem evoluído e se destacou bastante neste ano com o gigante Galaxy A9. O celular tem um visual que imita a estética refinada do S7 e, na falta do Galaxy Note 7, é a melhor opção da empresa para quem sente falta da tela grande, com 6 polegadas e uma superbateria de 5.000 mAh, a maior do mercado brasileiro. O problema está na câmera e no preço; o aparelho tem boas configurações, mas é mais caro do que seus concorrentes nesta lista.
4º LG G5 SE: a LG fez tudo errado no lançamento do LG G5 SE no Brasil, mas o tempo fez questão de corrigir o problema. O celular chegou com um processador inferior ao do modelo encontrado em outras regiões, o que tornou o smartphone um intermediário-premium com preço de top de linha, custando R$ 3.500. Hoje encontrado facilmente por R$ 1.800, ele está numa faixa de preço correta para o que oferece: uma ótima câmera e uma tela de alta resolução, mas a bateria deixa a desejar, assim como o seu processador.
3º iPhone SE: o retorno do iPhone pequeno deixou muitos desapontados com a falta de inovação da Apple, mas o fato é que o aparelho é ótimo, oferecendo quase tudo que o iPhone 6s proporciona em um corpo muito menor e um preço mais acessível. O celular traz bom desempenho e boa câmera traseira e uma duração de bateria alta em comparação com outros iPhones, mas falhou com a câmera frontal de baixa qualidade e com a tela de baixa resolução, que não chega nem ao patamar HD (720p). Além disso, a única versão encontrada dentro da margem de preço desta premiação tem apenas 16 GB de armazenamento interno sem capacidade de expansão de memória, o que simplesmente não é suficiente.
2º Moto Z Play: o celular da Motorola é muito parecido com o top de linha Moto Z, e, apesar de ter um hardware um pouco inferior, ele supera o modelo mais caro em dois aspectos: bateria que aguenta dois dias de uso e entrada para fones de ouvido. A compatibilidade com os Moto Snaps é um adicional interessante, embora eles sejam muito caros para a realidade brasileira. O modelo não tem nenhum defeito muito gritante, contando com boa tela, boa bateria, boa câmera e um design atraente; o único motivo de não vencer é porque o vencedor também tem tudo isso e custa um pouco mais barato.
E o vencedor é o…
Zenfone 3
Como antecipado na nossa análise publicada há poucos dias sobre o celular da Asus, o Zenfone 3 é o melhor intermediário do momento, mas a batalha com o Moto Z Play é dura, porque ambos têm configurações muito parecidas. Uma das coisas que diferem os modelos é que, basicamente pelo mesmo valor, o Zenfone 3 traz 4 GB de RAM, enquanto o celular da Motorola só traz 3 GB.
O celular melhora em tudo o Zenfone 2. A bateria é bastante resistente, aguentando mais de um dia de uso sem perder bom desempenho, a câmera se sai bem até mesmo em situações de pouca luz, contando com recursos avançados de estabilização e ajustes finos do clique, além de trazer um visual atraente e uma tela de qualidade.