Vivemos em uma simulação computacional?

A hipótese de estarmos vivendo em uma simulação computacional é tema controverso, digno de debates e reflexões filosóficas.
Redação13/12/2016 18h58, atualizada em 14/12/2016 12h00

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Reprodução

“A realidade é meramente uma ilusão,

embora muito persistente.”

Albert Einstein (Físico, 1879 – 1955)

A hipótese de estarmos vivendo em uma simulação computacional (SC) é tema controverso, digno de debates e reflexões filosóficas. Está novamente em alta por conta das experiências imersivas de novos games os quais usam dispositivos para realidade virtual (RV). Antes porém é preciso diferenciar SC de RV. Apesar de ambas compartilharem a mesma estrutura informacional, poder de processamento, imagens digitais 3D realísticas e simulações de leis físicas, você entra na RV sabendo que irá fazer parte de um ambiente artificialmente criado, enquanto a SC pressupõe que você não tem consciência que está dentro dela.

Déjà vu

Muitos de nós já experimentamos um sentimento repentino de familiaridade apesar de estarmos em um lugar completamente novo. Esta sensação é conhecida como déjà vu, termo francês que significa “já visto”. No clássico filme Matrix, um gato preto é visto por Neo passando por um corredor, e logo depois ele vê a mesma cena idêntica. Ele sussurra “déjà vu” mas Trinity diz que este tipo de acontecimento revela uma falha na Matrix, a qual ocorre quando estão fazendo alguma mudança. Uma linha de reflexão/hipótese apresentada pelo prof. e filósofo Nick Bostrom da Universidade de Oxford é a de que vivemos em uma SC criada por pós-humanos a partir de algum ponto do futuro. Esta civilização pós-humana teria poder computacional disponível para executar um grande número de simulações de antepassados (nós). Neste caso, estaríamos vivendo em uma SC pré-definida e o déjà vu faria todo sentido.

Cérebro e máquinas virtuais

Finalmente, temos nosso cérebro. O grande simulador de aproximadamente 1.4 kg, com seus 86 bilhões de neurônios o qual é capaz de nos fazer acreditar que imagens em sequência projetadas numa tela são reais e criar sonhos surreais, os quais vivenciamos em toda plenitude. Talvez para termos uma SC não seja preciso tecnologia muito avançada, mas somente a capacidade de criar uma “máquina virtual” dentro de nosso cérebro. Um sonho dentro de um sonho. Neste caso, estaríamos vivendo em uma SC única, em constante construção e o déjà vu não faria nenhum sentido. Mas em um sonho, o que faz sentido?

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Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital