As chamadas equações de Maxwell são um grupo de equações que regem alguns processos físicos desde o século 19 e foram utilizadas no campo da eletromagnética. Um físico chamado Ason Cole, estudante de PhD do Imperial College de Londres, decidiu usar a técnica para ajudar a solucionar uma dúvida cotidiana: quais os locais da casa capazes de oferecer um sinal de Wi-Fi melhor?
Para a experiência, é claro, o físico contou com a ajuda de um algoritmo, em funcionamento desde 1960, e de seu smartphone.
“A radiação eletromagnética que emana da antena do roteador sem fio é causada por uma pequena oscilação de corrente a 2,4 GHz (2,4 bilhões de vezes por segundo). No meu modelo eu apresentei uma corrente como esta e permiti que ela oscilasse. As equações de Maxwell determinaram como as ondas eletromagnéticas resultantes fluiriam. Fiz o mapeamento dos locais reais das paredes em meu apartamento e fui capaz de produzir um mapa da intensidade do sinal Wi-Fi que variava conforme eu mudava o roteador virtual”, explica Cole.
A primeira lição, segundo ele, é a que todo mundo imagina: os sinais viajam sem dificuldade e muito mais fácil quando não há nenhuma parede. Assim, a ideia é que o usuário consiga ter uma visão direta do equipamento do lugar onde ele costuma usar a internet com mais frequência.
“Às vezes percebemos que as ondas param de se movimentar, mesmo se verificando uma ‘cintilação’ nos mesmos locais. Esse é o fenômeno de uma onda estacionária, no qual os sinais se sobrepõem ou se anulam mutuamente”, explica o pesquisador. Ele indica então a solução: se a recepção é ruim em uma posição específica, uma ligeira mudança de posição no roteador pode melhorar o sinal.
Quem estiver interessado em mais detalhes pode testar um aplicativo para Android desenvolvido por Cole que permite analisar quais os melhores locais da sua casa para posicionar o roteador.
Via Mashable