Geralmente apontada como um ambiente mais seguro do que as lojas concorrentes, a App Store tem sido inundada com aplicativos falsos nas últimas semanas.
Os softwares usam nomes de marcas e redes varejistas famosas para enganar os usuários e fazê-los passar informações confidenciais, incluindo dados de cartões de crédito e credenciais como e-mails e senhas.
Especialistas ouvidos pelo New York Times disseram que o aparecimento de apps do gênero é relativamente comum nesta época do ano devido à proximidade da temporada de compras, mas desta vez a quantidade tem impressionado — são centenas de aplicativos falsos que surgem de um dia para o outro.
A Apple possui um sistema de aprovação individual que tem sido um diferencial importante no mercado, mas essa análise é focada em apps maliciosos, e não na caça a falsificações. Por isso, mesmo se um app nomeado como Nike não tenha sido feito pela Nike, ele tem boas chances de ser aprovado.
Cabe às próprias empresas fazer um monitoramento sobre como seus nomes estão sendo usados e, caso descubram irregularidades, são elas que precisam contatar a Apple em busca de soluções. Em alguns casos, a Apple tira o app do ar e ele volta em pouco tempo com outro nome, e em outros o app é aprovado com um conteúdo mas se modifica depois de ter sido aceito.
A reportagem do NYT descobriu que a maioria dos apps falsificados é desenvolvida por empresas chinesas. Uma delas disse ao jornal que cobra cerca de US$ 3 mil pelo desenvolvimento de um software móvel em inglês, mas que não faz uma checagem sobre a legitimidade de cada cliente. Mas a própria empresa apresenta indícios de irregularidades, como a apresentação de informações falsas em seu site.