Recentemente tem circulado na imprensa estrangeira a notícia de que o catálogo da Netflix não só diminuiu nos últimos anos, como também perdeu qualidade. Essa constatação foi feita de olho em filmes aclamados por público e crítica que não constam na plataforma de streaming.
O site Streaming Observer descobriu que, da lista dos 250 filmes mais bem avaliados do IMDb (Internet Movie Database, uma espécie de enciclopédia do cinema em que os usuários dão nota aos filmes), apenas 31 estão na Netflix dos EUA. Apenas dois anos atrás, 49 títulos do ranking do IMDb estavam no serviço de streaming.
Acontece que essa suposta “queda na qualidade” dos filmes disponíveis na Netflix não é um fenômeno global. A empresa oferece catálogos diferentes para mercados diferentes, com base em estratégias de negócios definidas por região, de modo que os filmes vistos nos EUA não são os mesmos no Brasil.
Um levantamento feito pelo site Filmes Netflix, e divulgado nesta quinta-feira pelo Gizmodo, mostra que o catálogo brasileiro tem nada menos do que 101 filmes dos 250 mais bem avaliados do IMDb. O número não só é superior ao dos EUA como também vem melhorando com o passar do tempo. Dois anos atrás, o catálogo brasileiro tinha “apenas” 80 títulos do ranking do IMDb.
A mudança de estratégia da Netflix, porém, é de conhecimento público. Há tempos a empresa vem alardeando que planeja aumentar a oferta de conteúdo original e diminuir o número de títulos licenciados. Faz sentido que o fim de alguns contratos causem impacto na “qualidade” dos filmes disponíveis.