Uma pesquisa divulgada pela IDC nesta segunda-feira, 26, mostra que o mercado de tablets voltou a crescer no Brasil. O Estudo, chamado IDC Brazil Tablets Tracker, identificou que no segundo trimestre do ano foram vendidos 860 mil dispositivos, incluindo os notebooks 2 em 1, um crescimento de 3% em relação ao trimestre anoterior.

Comparado ao mesmo período de 2015, no entanto, houve uma queda de 32% no número de vendas. Segundo a IDC, os tablets perderam espaço para os smartphones de tela grande. “Antes, o tablet de 7 polegadas era padrão e os smartphones tinham 4 polegadas. Hoje, os celulares têm telas maiores e se tornaram mais atrativos. Houve uma canibalização dos tablets, já que não conseguimos mais justificar a compra de dois aparelhos tão similares. Além disso, muitos fabricantes abandonaram o Brasil. Atualmente, apenas três marcas concentram 75% de todo o mercado”, explica Wellington La Falce, analista de mercado da IDC Brasil.

Para os próximos meses, a perspectiva é boa. “A expectativa é de que o mercado continue apresentando taxas elevadas nos próximos trimestres, principalmente por conta do Dia das Crianças e do Natal. O público infantil é o foco dos fabricantes que apostam em modelos cada vez mais personalizados para uma faixa etária que ainda não utiliza o celular. Além disso, a Black Friday também deve vir com bons preços e promoções”, declara o especialista.

O preço gasto com os dispositivos, o chamado ticket médio, também aumentou, passando de R$ 428, em 2015, para R$ 443, neste ano. De acordo com a consultoria, os preços devem ficar mais atrativos com a estabilidade do dólar. “Mas estamos falando de um equipamento que depende muito do câmbio. Então, nossa previsão para este ano é de uma elevação de aproximadamente 17% no valor investido para adquirir o produto”, aponta La Falce.

A IDC estima que neste ano sejam vendidos 4 milhões de tablets no Brasil, 30% a menos do que em 2015. Para 2017, a expetativa de venda é de 3,6 milhões de unidades.