A Justiça federal americana rejeitou um processo aberto por empregados da Apple contra a própria empresa. Na ação, eles reclamavam sobre a política de revista da companhia, que obriga os funcionários a mostrar o que têm dentro de suas bolsas sempre que eles precisam sair das lojas.
O caso veio à tona no meio do ano, quando Amanda Friekin e Dean Pelle acionaram a Justiça pedindo compensações pelo tempo gasto com as revistas, uma vez que eles são pagos por hora trabalhada.
No último sábado, 7, o juiz William Alsup, de San Francisco, divulgou parecer favorável à Apple, opinando que a escolha de trazer bolsas e mochilas ao trabalho é dos funcionários. Para ele, se os funcionários deixassem os pertences em casa, a Apple não teria de revistá-los, já que a empresa faz isso para evitar roubos.
“A Apple poderia ter aliviado essa preocupação [dos roubos] proibindo seus funcionários de trazer bolsas ou produtos pessoais da Apple à loja”, escreveu o juiz, em parecer divulgado pelo Re/code. “Em vez disso, a Apple tomou o passo mais curto ao dar aos seus empregados o benefício opcional de trazer esses itens ao trabalho, o que vem com a condição de que eles devem ser submetidos a revistas (…) antes de saírem da loja.”
Em junho foi divulgado que o próprio CEO da Apple, Tim Cook, fora acionado pelos funcionários a respeito da política, que estaria causando constrangimentos. Eles reclamam disso pelo menos desde 2013, segundo revelam documentos que foram tornados públicos neste ano; um dos empregados chegou a afirmar, em e-mail ao executivo, que os gerentes os tratam como “criminosos” (relembre).