Quando você pensa em alguém que pode oferecer o melhor suporte técnico possível para usuários da Apple, talvez JK Scheinberg, engenheiro de longa data da empresa talvez possa ser um bom nome para a vaga. Um de seus feitos foi o de fazer com que o Mac OS operasse em processadores Intel, o que é uma marca importante para a história da companhia.
No entanto, quando se inscreveu para a vaga de “gênio”, como são chamados os atendentes em uma loja da Apple, ele recebeu uma resposta negativa.
Scheinberg decidiu contar sua história ao tratar sobre o preconceito com os mais velhos, com idade acima dos 50, no mercado de trabalho em um editorial opinativo publicado no jornal New York Times.
No artigo, ele conta que, em 2008, aos 54 anos, já estava cansado de ficar desocupado por causa da aposentadoria precoce. Então, ele decidiu se candidatar à vaga, mesmo que tivesse o dobro da idade de todos os outros competidores da posição. Ele diz que no fim do processo, os três entrevistadores falaram com ele separadamente e prometeram entrar em contato. “Eles nunca retornaram”, completou.
O caso de Scheinberg é lúdico porque, graças à seu histórico ocupando um grande cargo na Apple, ele conseguiu juntar dinheiro o bastante para se aposentar cedo e com reservas de sobra. A candidatura tinha mais a ver com um hobby do que com uma forma de receber um salário de fato. Nem todos que chegam à sua idade têm a mesma sorte de estarem resolvidos na vida.
O artigo chama a atenção para a necessidade da diversidade de idade no ambiente de trabalho, observando também que as mulheres começam a sofrer com o preconceito aos 32 anos, quando começam a ser ignoradas em promoções e ampliando a diferença entre pagamento de homens e mulheres.