Em evento realizado em Los Cabos, no México, a empresa de segurança Kaspersky apresentou hoje o panorama do cibercrime na América Latina. E os números são impressionantes: no último ano a região atraiu 398 milhões de malwares, sendo 1 milhão e 100 mil por dia e 12 a cada segundo. “Os criminosos estão trabalhando mais e melhor”, alerta Dmitry Bestuzhev, diretor da empresa para a América Latina.
Maior país do continente, o Brasil é, proporcionalmente, o principal alvo dos cibercriminosos. De acordo com dados apresentados, metade da população sofreu ao menos uma ameaça de vírus entre agosto de 2015 e agosto de 2016. O país também está no topo da lista dos golpes via phishing, que costumam chegar por e-mail. Neste caso, 12,3% dos brasileiros foram vítimas no último ano. A Argentina é o local da região menos visado.
A maioria dos ataques (82%) acontece offline por meio de dispositivos conectados ao computador ou através da rede local. Os outros 18% infectam as máquinas a partir do acesso à internet, sendo que 81% dessas ameaças online são caracterizadas por malware – programas que contêm códigos maliciosos – e o restante por meio dos adwares, aplicações potencialmente perigosas que podem aparecer na forma de publicidade como banners.
O e-mail, que tradicionalmente é uma das principais plataformas de iscas para fraudes online, também foi avaliado pela Kaspersky. Segundo as informações divulgadas pela empresa, 57% dos ataques voltados para este canal acontecem na forma de trojans bancários, o famoso cavalo de troia que chega à caixa de mensagens com o objetivo de fazer os usuários clicaram na mensagem para roubar dados relacionados às contas.
Top 10 das ameaças
A Kaspersky listou as 10 principais ameaças identificadas ao longo do último ano que sejam capazes de invadir as máquinas e corromper arquivos. A relação pode ser vista abaixo.
1. DangerousObjetc.Multi.Generic
2. NetTool.Win64.RPCHook.a
3. Trojan.Win32.Generic
4. TrojanWinLNK.Agent.gen
5. TrojanWinLIK.StartPage.gena
6. Trojan.Script.Generic
7. AdWare.Script.Generic
8. Downloader.Win32.Agent.bxib
9. Worm.VBS.Dinihou.r
10. WebToolbar.JS.AgentBar.e
Como se proteger?
Só o antivírus não é suficiente. Para se sair bem nesta briga de gato e rato que confronta cibercriminosos e as empresas de segurança, é preciso ficar atento ao comportamento online, evitando clicar em links suspeitos e mantendo sistema operacional e navegador atualizados. Com isso, segundo os analistas, você reduz em até 95% as chances de ser atacado por um malware.
*O jornalista viajou a convite da Kaspersky