Quem nunca viu um link circulando pelo Feed de Notícias do Facebook com uma manchete do tipo “Você não vai acreditar no que acontece neste vídeo”, ou algo do gênero, fazendo de tudo para chamar a sua atenção? A prática, conhecida como “clickbait” (ou “caça-cliques”) está mais uma vez na mira da rede social.
O Facebook anunciou nesta quinta-feira, 4, novas medidas para acabar com essas manchetes sensacionalistas, do tipo que atraem o clique do usuário apenas para enganá-lo com um conteúdo que ele não queria ver – e não teria clicado se soubesse do que se tratava. A arma da rede social, dessa vez, é uma nova mudança aplicada ao seu famoso algoritmo.
A empresa criou um sistema, baseado em inteligência artificial, que reconhece padrões de textos e palavras usadas frequentemente em posts clickbait. Manchetes do tipo “você não vai acreditar”, “você vai se surpreender”, ou daquelas que escondem um trecho essencial da informação, começarão a ser mostradas para menos usuários, diminuindo o alcance das páginas que aderem a essas práticas.
“Por exemplo, a manchete ‘Será que maçãs fazem mal para você?’ engana o leitor (maçãs só fazem mal se você comer muitas delas em um dia) porque ela esconde uma informação que é essencial para entender o artigo”, explica o Facebook em um post no seu blog oficial. Com isso, a rede social não só atende um antigo pedido dos usuários como também consegue prendê-los por mais tempo, sem deixá-los circular por outros sites.
Segundo a empresa, o sistema adotado a partir de agora funciona da mesma maneira que um filtro de spam em servidores de e-mail, como o Gmail e o Outlook. Só será classificado como sensacionalismo, neste caso, as manchetes que forem flagradas escondendo propositalmente uma informação essencial para atrair o clique do usuário.
Essa não é a primeira vez que a rede social anuncia medidas para reduzir o clickbait, mas esta é a ação mais séria já adotada até hoje. Anteriormente, o Facebook se limitou a dizer que acompanharia as reações dos usuários a páginas sensacionalistas (não confundir com o site de humor) para determinar sua postura em casos isolados. Dessa vez, a mudança é na raiz – o algoritmo do feed.