A AMD apresentou uma nova placa gráfica que traz um conceito um pouco diferente. A Radeon PRO SSG aposta no conceito de não trazer memória própria, mas abrir dois slots PCIe 3.0 M.2 para que o usuário instale sua própria memória NAND, que pode chegar a 1 TB.
O conceito vem da necessidade de grandes quantidades de memória, normalmente decorrentes de trabalhos pesados como a área médica, em pesquisas ou então da indústria de efeitos especiais e modelagem 3D. Nestes casos, ocasionalmente são necessários mais do que os 32 GB de memória GDDR5 oferecidas pelas placas mais potentes. Daí veio a ideia de deixar que os usuários instalem seus próprios SSDs na GPU conforme suas necessidades.
Segundo a AMD, a prática permite que conjuntos de dados maiores possam ser processados localmente, sem depender de descarregar as informações para serem renderizadas pela memória do sistema. Isso deve proporcionar uma experiência bem mais rápida em situações que dependam de grande poder gráfico.
A GPU se baseia no mesmo chip Polaris 10 usado na placa RX 480 da AMD, voltada para o consumidor comum, mas a diferença chega a ser grande. A SSG foi demonstrada na conferência Siggraph, conseguindo executar vídeo em 8K sem compressão com uma taxa estável de 30 quadros por segundo; no entanto, a empresa diz que pode chegar aos 90 quadros por segundo. Um sistema similar sem a SSG teve dificuldade para manter os 17 frames por segundo.
Para quem se interessou, é bom preparar os bolsos. A AMD está vendendo kits para desenvolvedores em fase beta pela quantia de US$ 10 mil, e é pouco provável que a versão final do produto seja muito mais barata do que isso. O custo coloca a placa em uma faixa que atesta que o produto é voltado para companhias de grande porte. A expectativa da empresa é disponibilizar comercialmente a SSG até o fim do ano.