Depois que a Justiça do Rio de Janeiro resolveu decretar o bloqueio do WhatsApp por tempo indeterminado no Brasil, a Proteste – Associação de Consumidores decidiu que irá entrar na Justiça para tentar reverter a decisão. O ato faz parte da campanha “Não Calem o WhatsApp”, organizada pela própria organização e que até agora já conta com mais de 140 mil adesões.
O aplicativo começou a ser bloqueado pelas operadas por volta das 14h desta terça-feira e não tem previsão para voltar a funcionar. A decisão de interromper o serviço partiu da juíza de fiscalização da Comarca de Duque de Caxias do Rio de Janeiro, Daniela Barbosa. A decisão é uma represália contra o Facebook, empresa dona do app, que teria se recusado a fornecer informações sobre uma investigação policial.
Leia também:
- Justiça do Rio determina novo bloqueio do WhatsApp
- Juíza do Rio de Janeiro explica por que mandou bloquear novamente o WhatsApp
- ‘Não adianta bloquear’, diz responsável pela segurança do WhatsApp
- Bloqueio do WhatsApp é abusivo, dizem advogados
- Telegram: saiba como usar a melhor alternativa ao WhatsApp
- WhatsApp fora do ar? Aprenda a driblar o bloqueio do app
De acordo com o órgão, este tipo de atitude unilateral ocorre a partir de uma má compreensão do Marco Civil da Internet. “A Justiça tem que uniformizar o entendimento sobre esse tema para evitar os repetidos bloqueios”, avalia Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.
O órgão ainda afirma que a suspensão do WhatsApp vai contra os princípios de neutralidade da rede e inimputabilidade, o fato de que os provedores de conexão não respondem pelos ilícitos praticados por terceiros, estabelecidos pelo Marco Civil.
A Proteste não é a primeira a tomar medidas contra a decisão da juíza Daniela Barbosa. Um grupo de advogados já criticou a decisão tomada afirmando que o bloqueio é abusivo, e os ativistas do movimento Anonymous derrubaram o site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.