O governo americano prevê um futuro em que atividades maliciosas no mundo da tecnologia sejam descobertas e bloqueadas em questão de segundos. Por isso, o Pentágono está em busca de robôs que possam dar conta do trabalho.
No próximo mês, a DARPA, agência responsável pelos projetos de tecnologia avançada dos EUA, realizará um evento em que softwares desenvolvidos por sete grupos se enfrentarão em batalhas de instalação e correção de aplicações maliciosas. Os programas terão de fazer tudo sozinhos, já que a ideia é descobrir qual deles se dá melhor sem intervenções humanas.
Os competidores foram escolhidos no meio do ano passado entre representantes da indústria e da academia. Cada um recebeu US$ 750 mil e obteve acesso a um computador de alta performance com 1 mil núcleos de processamento e 16 terabytes de memória. Depois da competição do mês que vem, o grupo vencedor levará US$ 2 milhões e será convidado a outro evento, no qual seu software terá de enfrentar hackers humanos.
Em entrevista ao Technology Review, Mike Walker, que comanda o projeto, lembrou que atualmente todo o trabalho de descoberta e reparo de falhas é feito na mão. Por causa disso, sempre que uma brecha de segurança é encontrada por um hacker essa pessoa tem cerca de um ano para explorá-la antes que alguma autoridade descubra. “Queremos diminuir essa resposta a minutos ou segundos”, afirmou.
Walker disse não esperar que o sistema vencedor consiga bater de frente com um expert humano na próxima etapa, mas qualquer avanço já servirá para dar o pontapé inicial na ideia de automatizar essa área. Para ele, mesmo uma ajuda pequena já representa um grande benefício em termos de segurança nacional.