Enfrentando um processo por quebra de patente, a Apple foi proibida de vender o iPhone 6 na China há uma semana. O Escritório de Propriedade Intelectual de Pequim acusou a empresa norte-americana de roubar o design de um outro smartphone, o Baili 100C, da chinesa Shenzhen Baili.
Mas ao que tudo indica, a empresa que entrou com um processo contra a Apple quase não existe de verdade. O The Wall Street Journal descobriu que a Shenzhen Baili não tem um site oficial e que os endereços listados pela empresa em documentos não correspondem a nenhum escritório.
Além disso, telefonemas para a fabricante de eletrônicos Digione, dona da Shenzhen Baili, não são atendidos há dias. A reportagem do jornal diz ainda que ambas as empresas estão oficialmente “quebradas” em termos econômicos, com dívidas maiores do que seus ativos.
Ex-funcionários e investidores ouvidos pelo WSJ disseram que a situação da empresa é resultado de “produtos de má qualidade, má administração e uma feroz concorrência”. Tudo isso levou os advogados de defesa da Apple a sustentar a ideia de que o processo é uma farsa, um caminho fácil para tirar dinheiro da empresa americana.
Andy Yang, advogado da Digione e representante da Shenzhen Baili no processo, diz, porém, que apesar de não possuir qualquer sinal de que seja real, a empresa “ainda é operacional em suas funções necessárias”, e que pretende manter a disputa judicial. A Apple não comenta o caso publicamente, mas já conseguiu derrubar a proibição de venda do seu iPhone 6 por meio de um recurso.