Mark Zuckerberg é um ditador do país Facebook, diz fundador do Pirate Bay

Equipe de Criação Olhar Digital27/05/2016 22h50

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Cofundador do Pirate Bay, Peter Sunde sempre teve opiniões fortes. Ele, que não tem mais vínculo com o site após cumprir cinco meses de prisão pela sua criação, nunca poupou comentários sobre temas espinhosos da tecnologia e também da política. Desta vez, seu alvo foi Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook.

Durante a conferência do The Next Web, Sunde denunciou a centralização da internet, que hoje se concentra nas mãos do Facebook, que tem controle sobre o conteúdo publicado por 1,6 bilhão de usuários. Na visão dele, esse poder dá a Mark Zuckerberg o status de um ditador.

“As pessoas na indústria de tecnologia têm muitas responsabilidades sobre as quais eles não costumam discutir. O Facebook é a maior nação do mundo, e nós temos um ditador. Se você olhar por uma perspectiva de democracia, Mark Zuckerberg é um ditador. Eu não o elegi, mas ele dita as regras”, afirmou Peter Sunde.

Para apoiar o seu argumento, o fundador do Pirate Bay ilustrou sua posição com um caso recente, em que a primeira-ministra da Alemanha Angela Merkel foi à ONU para confrontar Zuckeberg e o Facebook sobre uma forma de combater posts racistas e xenófobos na rede social.

“Nós enviamos os maiores líderes na Europa para pedir a ele parar de interferir em nossa cultura local. Como chegamos a uma situação assim? Se os políticos fossem um pouco mais ‘hardcore’, seria possível corrigir isso. Se dissermos que o Facebook não concorda com as regras no nosso país, nós vamos parar o Facebook no nosso país. Censuramos um monte de coisas, por que não o Facebook?”, ele diz.

Sunde também acrescenta que sair do Facebook não é algo simples. “Não é possível realmente sair do Facebook. Eu não estou no Facebook, mas há muitas desvantagens no meu mundo offline. Não há convites para festas, não recebo atualizações dos meus amigos, as pessoas param de falar com você porque você não está no Facebook. Então tem implicações na vida real”, disse à CNBC.

Via CNBC