Brecha nas regras permite distribuição de emuladores no Xbox Series X

Loja da Microsoft abre uma possibilidade específica que permite que é aproveitada por desenvolvedores para instalação
Renato Santino27/11/2020 01h21

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Imagine um console que pode rodar os jogos da nova geração, mas também pode ser usado para rodar praticamente qualquer jogo já produzido desde meados do século passado. Este console existe, e se chama Xbox Series X. Graças a uma brecha nas regras da loja de aplicativos da Microsoft, um desenvolvedor consegue distribuir o RetroArch no console.

O RetroArch, para quem não está familiarizado, é um software de código aberto que pode reunir vários emuladores de basicamente todos os consoles retrô já lançados. Isso inclui também plataformas de empresas concorrentes da Microsoft, como o PlayStation 1 e Super Nintendo.

Normalmente, a instalação do RetroArch para realizar esse tipo de emulação no console, seria necessário ativar o modo desenvolvedor do Xbox, que não é voltado para o usuário final, mas sim para dar liberdade a quem produz jogos. Desta forma, é necessário passar por uma série de barreiras que afastam o usuário comum. No entanto, a brecha apontada pelo Ars Technica, foi aproveitada por um desenvolvedor para distribuir o RetroArch pela própria loja da Microsoft.

A brecha em questão é que a Microsoft permite que esse tipo de conteúdo seja hospedado em sua loja é que a empresa dá mais liberdade a desenvolvedores quando eles definem seus aplicativos como “privados”. Neste modo, apenas pessoas que tenham seu endereço de e-mail adicionado a uma lista de permissão e recebam um código podem realizar o download.

O desenvolvedor, que se identifica como Tunip3, já fez isso algumas vezes, e sempre sem fins lucrativos, sem cobrar pelos convites. Desta vez, ele diz já ter 1.500 pessoas que receberam acesso ao RetroArch graças a essa liberdade oferecida aos desenvolvedores que listam apps como “privados”. Para participar, é necessário pedir permissão direta a ele por meio de plataformas como o Discord.

Tunip3 acredita que é provável que a Microsoft bana o aplicativo em breve, como já fez outras vezes. Contudo, ele tentou adicionar mais pessoas rapidamente desta vez, já que mesmo que a empresa proíba o app, quem já o tem baixado continuará com ele instalado indeterminadamente, só não poderá fazer um novo download.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital