A versão 83 do navegador Firefox, lançada nesta quarta-feira (18) traz um recurso que promete aumentar a segurança dos usuários ao navegar na web: um “Modo somente HTTPS”, que não carregará páginas em servidores que não usam uma conexão criptografada.
O HTTP é o protocolo de comunicação usado no acesso aos sites na web. Mas toda a “conversa” entre o seu navegador e um servidor web acontece em aberto, sem qualquer tipo de proteção, o que significa que um malfeitor pode bisbilhotar tudo o que acontece.
Se você não acha que isso é um problema, pense que, se você fizer uma compra online em um site que suporta apenas HTTP, seu número de cartão de crédito e dados pessoais serão transmitidos de forma legível a qualquer um. É como ficar em pé no meio da praça de alimentação lotada de um shopping e berrar em um megafone o seu RG, CPF, endereço, número do cartão, etc.
O HTTPS resolve este problema usando uma conexão criptografada, com uma chave que só o seu computador e o servidor web conhecem. Com isso, mesmo que o tráfego seja interceptado, um malfeitor não conseguirá decodificar as informações.
O Modo somente HTTPS deve ser ativado na configuração do navegador. Imagem: Reprodução
Servidores HTTPS são identificados pelo ícone do “cadeado” na barra de endereços do navegador, e atualmente a maioria dos grandes sites adota este protocolo. Você também pode reconhecê-los pelo endereço, que começa com “https://” em vez de “http://”
“O Modo somente HTTPS” funciona tentando carregar automaticamente uma versão em HTTPS de qualquer site que você acessar, seja clicando em um link ou digitando o endereço. Se não conseguir, ele mostrará uma mensagem de erro alertando que o site não é seguro.
É similar à extensão “HTTPS Everywhere“, desenvolvida pela Electronic Frontier Foundation (EFF), mas integrado ao navegador. O modo vem desativado, e deve ser ativado pelo usuário em Opções / Privacidade e Segurança / Modo somente HTTPS.
O Firefox 83 está disponível em versões para Windows, mac OS e Linux, e pode ser baixado gratuitamente no site da Mozilla.
Fonte: ZDNet