A Virgin Galactic pretende realizar o primeiro voo suborbital a partir do Spaceport America, sua base no deserto de Mojave, nos EUA, entre os dias 19 e 23 de novembro. A informação consta em um relatório para investidores divulgado pela empresa na última quinta-feira (5).

Segundo a empresa este voo terá apenas um piloto e co-piloto a bordo, mas incluirá “cargas que gerarão renda”, como parte do programa de oportunidades de voo da Nasa. O principal objetivo da Virgin Galactic são os voos turisticos suborbitais, que devem começar em 2021 após um voo inaugural com seu fundador, Sir Richard Branson, a bordo.

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Esta não será a primeira vez que a espaçonave, chamada VSS Unity, decola. Ela já passou por dois testes anteriores. Em um deles, em 2019, Beth Moses, instrutora chefe de astronautas da empresa, acompanhou dois pilotos em um voo suborbital.

Uma missão da VSS Unity não é como o lançamento de um foguete da SpaceX. A espaçonave decola presa a uma “nave mãe” chamada VMS Eve, que a leva a uma altitude de 50 mil pés (cerca de 15 km) antes de soltá-la.

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Interior da cabine da VSS Unity. Imagem: Virgin Galactic

Segundos após ser libertada, a VSS Unity aciona seus foguetes e sobe a uma altitude de mais de 80 km antes de retornar à Terra e pousar como um avião convencional. No ápice da trajetória, os passageiros irão experimentar momentos de gravidade zero.

De acordo com a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) o espaço começa a 100 km de altitude, limite conhecido como a Linha Kármán. Porém, nos EUA, qualquer pessoa que ultrapasse uma altitude de 80 km é considerada um astronauta.

600 “futuros astronautas” já reservaram assentos em voos futuros, e cada um deve custar ao menos US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão em conversão direta) por cliente. No ano passado a empresa divulgou os trajes que serão usados por turistas, e recentemente apresentou o design da cabine de passageiros.

Fonte: Virgin Galactic