O cabo submarino que vai conectar Brasil e Europa deve tirar a ilha de Ferando de Noronha do isolamento digital. Na última segunda-feira, 02, os presidentes da Telebras, Jorge Bittar, e da EllaLink, João Pedro Flecha de Lima fizeram a proposta ao governador de Pernambuco. O cabo passará a cerca de 60 km da ilha, por isso será necessário realizar apenas uma extensão para que a rede chegue ao local.

O projeto tem o objetivo de promover “maior integração e unidade nos assuntos culturais, sociais, científicos, econômicos e políticos de seus povos, priorizando o diálogo político, as políticas sociais, educação, infraestrutura, entre outros, para eliminar a desigualdade socioeconômica, alcançar a inclusão social, e reduzir as assimetrias no marco do fortalecimento dessa área geoestratégica”, segundo as empresas envolvidas no empreendimento.

Na prática, isso significa maior capacidade de tráfego, menor latência, redução de custos, uma melhor oferta de internet, em especial em setores como saúde, computação em nuvem e mercado financeiro. O cabo também vai ajudar na troca de informações educacionais, ajudando escolas, universidades e outras instituições a realizarem o intercâmbio de conhecimento.

Atualmente, a ligação direta do Brasil com a Europa acontece por meio de um único cabo, lançado há quase 20 anos.

A previsão de investimento na construção do cabo é de US$ 185 milhões. A previsão é de que em 2017 ele comece a funcionar, com capacidade total de 30 terabits por segundo, iniciando a operação com 500 gigabits.