Dois grandes pedaços de lixo espacial podem colidir hoje no espaço. Segundo o astrônomo Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, um dos objetos envolvidos pode ser o Parus, um extinto satélite de navegação soviético, e o outro pode ser parte de um foguete chinês.

O encontro deve ocorre 991 quilômetros acima do Oceano Atlântico Sul, próximo à costa da Antártica. Considerando a massa dos objetos, de 2,8 quilos, e a velocidade a que viajam, de 52.950 quilômetros por hora, a taxa de 10% de chance de colisão torna-se perigosa.

Eventos como esse são cada vez mais comuns. Em 2009, o satélite de comunicações operacional Iridium 33 colidiu com o extinto satélite militar russo Kosmos 2251. Com isso, 1,8 mil fragmentos rastreáveis se espalharam pelo espaço.

Além disso, em 2007 e 2019, duas grandes nuvens de destroços foram geradas por testes espaciais realizados na China e na Índia, respectivamente. E neste ano a Estação Espacial Internacional teve de fazer três manobras para evitar potenciais colisões com lixo espacial.