O tão aguardado e temido (pela Apple) momento chegou: a empresa anunciou seus resultados trimestrais e revelou que, pela primeira vez em sua história, foi observada uma queda na venda de iPhones. Sim, desde que o smartphone começou a ser vendido, em 2008, a empresa nunca havia visto uma queda em vendas na comparação ano-a-ano.
Isso mudou no segundo trimestre fiscal de 2016 da empresa (referente ao primeiro trimestre do calendário, encerrado ao fim de março). A Apple revelou que nos primeiros três meses do ano, foram vendidos 51,2 milhões de iPhones. A marca pode parecer alta, mas no mesmo período de 2015, os números eram de 61,1 milhões, o que significa uma redução de 16% no volume de vendas.
Considerando que o iPhone é o carro-chefe da Apple, e é o produto que mais gera receitas, é fácil perceber o motivo de o faturamento da companhia também ter declinado severamente na comparação ano-a-ano. Nos primeiros três meses de 2015, a empresa viu receitas na casa de US$ 58 bilhões, e agora as viu cair para US$ 50,5 bilhões, com uma queda de 13%. É a primeira queda de faturamento trimestral da empresa em 13 anos.
Em comunicado, Tim Cook disse que a equipe conseguiu se sair bem mesmo com as situações adversas, principalmente no mercado chinês, que alavancou um crescimento relâmpago da empresa nos últimos anos. A empresa já havia previsto tendência de queda no fim do ano passado, mas apenas estagnou no último trimestre de 2015, com um crescimento próximo do zero. Agora a ideia de queda se tornou palpável.
Outros produtos da empresa também declinaram, como o iPad, que seguiu a longa tendência de queda, e vendeu apenas 10,2 milhões de unidades (queda de 19%), e do Mac, que teve 4 milhões de unidades vendidas (queda de 12%).
Se há algum ponto positivo para a Apple nesta história é o crescimento do Apple Music. A área de “serviços” da empresa cresceu 20% em faturamento, muito graças à popularização do serviço de streaming da empresa, que chegou aos 13 milhões de assinantes pagando mensalmente.
Apesar dos resultados considerados negativos, a empresa segue altamente lucrativa, registrando um lucro líquido de US$ 10,5 bilhões, mesmo que o valor seja menor do que o do ano passado, quando a empresa registrou lucros na casa de US$ 13,6 bilhões.