Em entrevista concedida à agência de notícias Reuters, Thomas Ingenlath, CEO da montadora de carros elétricos Polestar, afirmou que a empresa planeja expandir seu mercado na Ásia e no Oriente Médio, além de dobrar ainda em 2020 o seu número de “showrooms” – termo utilizado para designar os locais onde os automóveis ficam expostos para venda. 

A montadora começou este ano a produzir o Polestar 2, primeiro veículo elétrico a contar com Android Automotive, e o comercializa nos Estados Unidos, Europa e China. De acordo com Ingenlath, a previsão é que o modelo chegue a mais países nos próximos 18 ou 24 meses. 

“Vamos dobrar a quantidade de Espaços Polestar [nome dado aos showrooms da montadora] que temos hoje até o final do ano, e este número continuará a crescer rapidamente, pois buscamos também dobrar o número de mercados”, disse o executivo, sem especificar quais países estão na mira da empresa. 

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Thomas Ingenlath, CEO da Polestar, em evento do Classic Car Club Manhattan em 2018. Imagem: Dave Pinter/Flickr 

Atualmente, a Polestar opera 23 showrooms ao redor do mundo, e a expectativa é que esse número chegue a 45 até dezembro. Segundo o CEO, aumentar a presença da marca é essencial para enfrentar rivais poderosos do segmento, especialmente a Tesla.

Isso não significa, contudo, que a montadora esteja buscando se “popularizar”. Ingenlath afirmou à Reuters que a Polestar vai “definitivamente permanecer sendo uma marca ‘premium'”, trabalhando com a meta de pouco mais que 50 mil vendas anuais nos próximos dois ou três anos. 

Como único esforço para alcançar o consumidor com menos poder aquisitivo, a fabricante pretende lançar no próximo ano um modelo mais acessível do Polestar 2, com somente um motor – a variante disponível hoje tem dois motores que, combinados, alcançam potência de mais de 400 cv.

Está nos planos, também, o lançamento de um SUV que será fabricado na China. O executivo economizou no anúncio e disse somente que o veículo terá uma arquitetura de sustentação diferente da Polestar 2, sem dar mais detalhes.

Via: Reuters