Os efeitos da pandemia de Covid-19 chegaram também ao mercado dos smartphones e, como resultado, houve uma troca nas primeiras posições do setor. Segundo uma estimativa feita pelo grupo de consultoria Gartner, a Xiaomi ultrapassou a Apple em vendas de celulares durante o terceiro trimestre de 2020, passando de 32,9 milhões de aparelhos vendidos (8,5% do mercado), em 2019, para 44,4 milhões (12,1%) neste ano. A Apple também ganhou participação, mas seus 40,9 milhões de iPhones vendidos representam uma ligeira queda em relação ao ano passado.

Na dianteira, nada se alterou. A Samsung manteve a liderança com 80,8 milhões de vendas, totalizando 22% do mercado global. As proibições comerciais dos Estados Unidos derrubaram as vendas de telefones da Huawei, que caiu de 65,8 milhões para 51,8 milhões.

Reprodução

Levantamento do Gartner mostra queda vertiginosa da Huawei e grande crescimento da Xiaomi no terceiro trimestre deste ano. Imagem: Gartner/Reprodução

De acordo com o Gartner, o espaço dos smartphones no mercado está em melhor forma do que no início deste ano. As vendas ainda caíram 5,7%, mas isso é muito melhor do que as quedas de 20% nos primeiro e segundo trimestres deste ano. As condições “quase” normais na China ajudaram a restaurar a produção, assim como os indícios de recuperação dos mercados da América Latina e Ásia-Pacífico.

Mas como explicar o crescimento da Xiaomi? Foram diversos fatores que proporcionaram esse avanço. Além das melhores condições na China, a empresa aproveitou o grande declínio de sua concorrente, a Huawei. A Apple também ajudou, adiando o lançamento do iPhone 12 para outubro e perdendo seu pico usual de setembro. Claro, os resultados do quarto trimestre podem ser completamente diferentes, e muito do que acontece agora pode nunca mais se repetir – especialmente o desaparecimento da Huawei.

Carro elétrico com sistema da Xiaomi

Os carros elétricos Baojun E300 e E300 Plus, apresentados em setembro passado no Salão do Automóvel de Pequim, começam a ser vendidos a partir de dezembro, exclusivamente no mercado chinês. Os modelos, feitos em parceria com a General Motors, possuem suporte para o ecossistema da Xiaomi, incluindo o assistente de voz inteligente XiaoAI.

Reprodução

Carro possui suporte para o ecossistema da Xiaomi, incluindo o assistente de voz inteligente XiaoAI. Foto: GM/Divulgação

Os veículos têm autonomia de 305 quilômetros, motor traseiro com 40 kW de potência e 150 Nm de torque, e velocidade máxima de 100 quilômetros por hora. Os carros suportam carregamento, que permite que seja totalmente carregado em uma hora, e seus preços vão de 64.800 a 84.800 yuans (R$ 52,9 mil a R$ 69,3 mil, em conversão direta), dependendo da versão.

Via: Engadget