Estresse oxidativo, danos ao DNA, desregulação mitocondrial, mudanças epigenéticas (incluindo a regulação dos genes), alterações no comprimento dos telômeros e mudanças no microbioma do organismo. Alguns nomes são tão complicados que dão medo. 
 
Mas estes foram os principais riscos identificados em uma coletânea de quase 30 artigos científicos investigando os possíveis danos à saúde associados às viagens espaciais. A coleção representa o maior conjunto de dados de biologia espacial já produzido e apresenta análises aprofundadas de observações de moscas, vermes e ratos que foram ao espaço, além, claro, de astronautas. 
 
Um dos estudos analisou dados de 60 astronautas e centenas de amostras para procurar um mecanismo universal que explique as mudanças generalizadas que foram observadas em diferentes genes, células, tecidos, sistemas corporais, órgãos e músculos. A análise mostrou “mudanças sistêmicas” na função das mitocôndrias – que são as usinas de força dentro de nossas células, convertendo oxigênio e nutrientes em energia.