O PlayStation 5 está vendendo “fenomenalmente bem” e “absolutamente tudo” foi comercializado. Pelo menos, é o que afirmou o CEO da Sony Interactive Entertainment, Jim Ryan, em entrevista à agência russa de notícias Tass. Segundo o líder da divisão de videogames da Sony, a empresa agora deve buscar a ampliação da produção de novas unidades do console a fim de suprir a demanda crescente por parte dos usuários.
“Tudo foi vendido. Absolutamente tudo foi vendido”, afirmou o CEO. “E tudo também será vendido na Rússia, sem sombra de dúvidas. Eu passei muito do último ano tentando assegurar que nós podemos gerar demanda o suficiente para este produto. E agora, nos termos da minha capacidade executiva, eu estou dedicando mais tempo em tentar aumentar a produção para atender a essa demanda”.
PlayStation 5 está vendendo mais do que a atual demanda de produção consegue suportar – e a Sony está comemorando isso. Foto: Olhar Digital/Reprodução
Ryan ressaltou que, em vários mercados, o PlayStation 5 teve seus estoques exauridos nos principais comércios e ecommerces, e que as unidades previstas para atenderem a demanda da Black Friday (27 de novembro de 2020, próxima sexta-feira) também devem ser limitadas em quantidade. Para ele, os primeiros compradores do novo console estão fazendo um upgrade da geração passada, o PlayStation 4. O CEO reiterou também seu apoio ao console antigo “pelo menos” até 2022:
“Todos os dados indicam que dos compradores iniciais, do lançamento até o Natal, pelo menos três quartos serão usuários em upgrade do PS4”, disse o executivo. “E os outros 25% devem vir de fora do mercado de jogos, ou então de outros consoles. Então, a grande maioria de quem comprou um PS5 terá também um PS4… há, hoje, cerca de 114 milhões de PS4 no mundo, e o número daqueles que vão fazer o upgrade, se você parar para pensar, é pequeno”.
“PlayStation Game Pass”
Na mesma entrevista, Ryan confessou ter planos para a implementação de uma plataforma que trabalhe de forma similar ao modelo de assinatura Game Pass, da concorrente Microsoft. Ele não detalhou como isso funcionaria, dizendo apenas que “há novidades” sobre o assunto, mas que aquela “não era a hora” de divulgá-las.
A informação meio que contradiz palavras da própria Sony pouco antes do lançamento do PlayStation 5: executivos da empresa diziam que não faria sentido para ela criar uma plataforma inteiramente nova apenas para implementar otimizações de jogos que ela já lançou. Entretanto, é importante ressaltar que todos eles enfaticamente disseram “no lançamento” do aparelho. Em outras palavras, é seguro supor que, uma vez que o aparelho esteja disponível para compra, a Sony pode começar a pensar nisso a partir de agora.
Jim Ryan, CEO da divisão PlayStation na Sony: objetivo do executivo é criar formas de fazer a produção atender à crescente demanda pelo novo console. Imagem: Sony/Divulgação
Comemorando a falta de estoque
Na última semana, a Microsoft ressaltou que o Xbox Series S e seu irmão maior, o Xbox Series X, poderiam apresentar falta de unidades em estoque até março de 2021. Embora a Sony não tenha dado a mesma previsão, o tom de Jim Ryan é o mesmo adotado pela empresa de Satya Nadella anteriormente: um de celebração.
Para ambas as empresas, o entendimento é o de que se ambos os consoles saem das prateleiras no momento em que entram nas lojas e comércios eletrônicos, a demanda por eles está bem alta – e isso deve se traduzir em um interesse perene por ambas as plataformas até pelo menos o fim do primeiro trimestre do ano que vem.
Resta saber como as empresas devem tratar o suprimento de novas unidades para esta demanda: além da Black Friday e das compras de Natal, os períodos entre fevereiro e março tendem a ser usados pelas principais publishers e desenvolvedoras como janela de lançamento de jogos “AAA”, nome atribuído aos “arrasa-quarteirão” do mercado devido à sua alta antecipação por parte dos fãs.
Fonte: Tass