Você talvez já tenha ouvido a expressões fusão nuclear e fissão nuclear. As duas se referem a processos de geração de energia a partir da manipulação de átomos. Mas, as semelhanças param por aí. Na fissão nuclear, os núcleos dos átomos são literalmente partidos, um processo que libera imensas quantidade de energia sob a forma de calor, por exemplo. É basicamente isso que acontece no interior das atuais usinas nucleares e também nas assustadoras explosões atômicas. Mas, existe uma maneira muito mais inteligente de gerar energia a partir dos átomos. Trata-se da fusão nuclear. A fusão nuclear é o processo pelo qual as estrelas, como o nosso Sol, emitem energia. Nesse caso, como o nome sugere, em vez de haver uma quebra do núcleo dos átomos, eles se fundem. Há décadas a ciência tenta reproduzir o mesmo processo aqui na Terra. Mas, até agora, os reatores a fusão nuclear sempre consumiram mais energia do que produziram. Ou seja, sempre foi preciso gastar mais energia para promover a fusão dos núcleos atômico do que a quantidade de energia gerada pela fusão propriamente dita. Uma esperança de mudança vem do ITER, um gigantesco reator a fusão nuclear que está sendo construído na França, com a participação de vários países.

Uma segunda esperança foi divulgada hoje e ela vem do MIT – o Massachussets Institute of Technology. Por lá, cientistas anunciaram que conseguiram avançar na criação de um reator bem menor que o que está sendo construído na França. Segundo os pesquisadores de Massachussets, o reator deles, batizado de Sparc, é capaz de produzir 2 vezes mais energia do que consome. Ele funde os núcleos de átomos de hidrogênio, que se transforma em hélio, liberando uma enorme quantidade de energia no processo. A equipe do MIT aposta, também que seu reator vai ficar pronto antes. O ITER só deve entrar em operação em 2035. Já o do MIT deve começar a funcionar dentro de 3 ou 4 anos.