Um dos maiores e mais famosos compositores de todos os tempos, o alemão Ludwig Van Beethoven (1770 – 1827) criou nove sinfonias conhecidas e reproduzidas no mundo todo até os dias de hoje. No entanto, ao morrer, deixou uma décima composição inacabada. Outros compositores tentaram completá-la a partir dos fragmentos disponíveis, mas sem sucesso. Agora, a tarefa foi repassada a um algoritmo de inteligência artificial.

Uma equipe internacional de compositores, musicólogos e informáticos treina, desde meados de 2019, um software para compor os trechos que faltam na sinfonia. Para se manter no mesmo estilo e espírito do grande músico nascido na cidade de Bonn, a inteligência artificial terá como base os esboços e anotações deixados por Beethoven. A ideia e a verba para o projeto partiram da empresa de telecomunicações alemã Deutsche Telekom.

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A estreia da sinfonia será em abril de 2020, ano no qual se completariam 250 anos do nascimento do compositor, e será tocada pela Beethoven Orchester de Bonn. Contudo, ainda não se sabe como será o resultado final. O coordenador do projeto, Mattias Röder, diretor do Instituto Karajan, explicou ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung: “O algoritmo é imprevisível, ele nos surpreende a cada dia. Ele é como uma criancinha explorando o mundo de Beethoven”, comparou ele.

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Este não é o primeiro experimento em que programas de computador e algoritmos de inteligência artificial são encarregados de compor. Outro exemplo é a conclusão da famosa Sinfonia n° 8, conhecida como A Inacabada, de Franz Schubert (1797 – 1828), promovida pela chinesa Huawei e tocada pela primeira vez em fevereiro deste ano, em Londres.

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Durante anos, surgiram diversas teorias sobre a possibilidade de Schubert ter terminado a obra, concebida para a Sociedade Musical de Graz, e alguém ter perdido a parte final. Entretanto, quando ficou claro que o compositor não chegou a completá-la antes de morrer, a sinfonia já havia se tornado sua obra mais misteriosa e interpretada.

Via: DW Brasil

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