A sonda japonesa Hayabusa2 se despediu recentemente do asteroide Ryugu depois de um ano e meio. Agora, os cientistas anunciaram que notaram uma tendência intrigante nas fotos da sonda. As crateras presentes na superfície do asteroide apresentam um padrão diferente do que imaginavam.

A equipe analisou 340 imagens e identificou 77 crateras espalhadas pelo Ryugu, cada uma medindo pelo menos 20 metros de largura. Porém, elas não estão distribuídas tão uniformemente na superfície quanto os cientistas esperavam.

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Em vez disso, as crateras estão agrupadas de duas maneiras diferentes. Os cientistas descobriram que há mais depressões no centro do que nas extremidades, e mais no “lado leste” do asteroide.

Esses padrões ficaram mais claros quando foram analisadas as 11 maiores crateras do asteroide, com 100 metros de diâmetro. Delas, cinco se alinham ao longo da cordilheira que circunda o centro do Ryugu. Esse número é mais que o dobro do esperado se elas fossem distribuídas aleatoriamente. A equipe concluiu que isso é resultado da história geológica do asteroide.

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Os pesquisadores disseram que a maior parte da cordilheira equatorial é relativamente antiga, mas a parte ocidental é mais jovem. Isso explicaria como as crateras estão distribuídas de forma desigual. Os cientistas esperam que, quando analisarem as amostras do Ryugu no caminho de volta à Terra, possam descobrir como o asteroide se tornou o que é agora. As amostras devem chegar no final de 2020.

Via: Space